A Secretaria municipal de Saúde (SMS) do Rio informou na quinta-feira (11/2) que o estoque de vacinas na capital só vai durar até este sábado (13/2), o que ameaça o calendário de vacinação na semana que vem. No momento, só estão garantidas, para semana que vem, as segundas doses de quem recebeu Coronavac no mês passado.
Procurada pelo jornal O Globo online, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) afirmou, por sua vez, que não há até o momento nenhum novo envio de vacina confirmado pelo Ministério da Saúde. Várias cidades da Região Metropolitana do Rio estão trabalhando com programação de vacinação somente até o final desta semana ou meados da semana que vem.
A falta de vacinas e a provável interrupção da imunização no Rio de Janeiro e em outras capitais do país são o resultado da gestão absolutamente desastrosa do ministro Eduardo Pazuello à frente do Ministério da Saúde. Gestão desde o início apoiada por Bolsonaro, que também precisa ser apontado como um dos maiores responsáveis pelo caos e total falta de planejamento para o combate à covid no país, onde mais de 236 mil pessoas já morreram em função da doença.
Além de minimizar a gravidade da covid e não apostar nas medidas de distanciamento social, o atual governo em nenhum momento se antecipou para comprar vacinas e organizar a imunização da população brasileira. Enquanto a maioria dos países, nos cinco continentes, já se antecipavam, o Brasil continuava dormindo e sem nada fazer. O resultado de tanta irresponsabilidade e desprezo pela saúde pública foi deixar o Brasil como um dos países mais atrasados do mundo na vacinação contra a covid. O que poderá ser a diferença entre a vida ou a morte para milhões de pessoas.
A gestão de Bolsonaro/Pazuello no Ministério da Saúde é a mais incompetente, desinformada e caótica que já esteve à frente daquela pasta, em todos os tempos. A falta de coordenação de todas as ações, a falta de compromisso com a divulgação de informações atualizadas sobre a covid, a arrogância e a absoluta confusão dos incompetentes é o que caracteriza a atual gestão.
A provável interrupção da vacinação na próxima semana poderia ter sido evitada, se o Brasil tivesse um governo federal que prezasse pela saúde e a vida da população brasileira.