Em mensagens enviadas à reportagem do Sindsprev/RJ, servidores do Hospital Federal de Bonsucesso (HFB) comemoraram a exoneração do diretor-geral da unidade, Edson Joaquim Santana, feita esta semana pela Superintendência Estadual do Ministério da Saúde, após denúncia de que 728 doses da vacina Coronavac, estocadas no hospital, teriam estragado devido a uma falta de luz. A ala do HFB onde as vacinas estavam estocadas não possui gerador. Com o pico de luz ocorrido no último domingo (24/1), as vacinas ficaram submetidas a temperaturas superiores àquelas recomendadas pelo Instituto Butantan como ideais para armazenamento, que oscilam entre 2 e 8 graus. A apuração promovida pelo Ministério da Saúde vai aferir se a eficácia das 728 doses foi (ou não) comprometida.
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“O diretor exonerado do Hospital de Bonsucesso foi uma indicação do Ministério da Saúde. Portanto, o erro maior continua sendo da gestão do ministro Eduardo Pazuello, que não sabe o que é ou como funciona o SUS, não sabe quais são as reais demandas de saúde da população. Enfim, é uma gestão incompetente que não entende e não sabe absolutamente nada de saúde pública, o que é comprovado pelo atraso do Brasil no processo de vacinação contra a covid. O governo Bolsonaro não quer uma saúde pública funcionando de verdade”, analisou Osvaldo Mendes, da direção do Sindsprev/RJ.

Servidores que não quiseram se identificar afirmaram à reportagem do Sindsprev/RJ que os picos de luz têm sido frequentes no Hospital de Bonsucesso e foram agravados sobretudo após o incêndio ocorrido em outubro do ano passado, no prédio 1 da unidade. Na época, o agora exonerado diretor-geral Edson Santana prometeu que o prédio 1 voltaria ao normal em no máximo 60 dias, o que não ocorreu.

“Edson Santana não foi exonerado somente por causa do ocorrido em relação às vacinas, mas por toda uma gestão absolutamente reprovável.
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Além de não cumprir o que prometeu, como no caso das reformas do prédio 1 após o incêndio, ele foi um diretor que se negava a conversar com os sindicatos e servidores, que não dialogava com as chefias do hospital, que arbitrariamente transferiu servidores do HFB para outras unidades, que nunca se preocupou em evitar a demissão dos profissionais contratados na unidade. Enfim, ele foi um diretor que não tinha nenhum compromisso com os trabalhadores do hospital. Foi um péssimo gestor”, criticou Sidney Castro, também dirigente do Sindsprev/RJ.
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As vacinas estocadas no HFB foram armazenadas em uma câmara fria pela Secretaria Municipal de Saúde do Rio. Caso as vacinas estejam inapropriadas para o uso, novas doses podem ser enviadas para a unidade pela reserva técnica do estado.