Dados do Imperial College de Londres publicados nesta terça-feira (17/11) sinalizam um aumento na disseminação da covid-19 no Brasil, que registrou um total de 5,9 milhões de pessoas infectadas em todo o país e 166.699 mortes até o momento.

Segundo o Imperial College, a taxa de contágio da covid-19 no Brasil atingiu 1,1 nesta semana, após permanecer por diversas semanas abaixo da marca de 1. A taxa de 1,1 significa que cada 100 pessoas com o vírus contaminam outras 110, o que representa um aumento da disseminação da doença. Uma taxa abaixo de 1 representa uma desaceleração do contágio.

O Brasil é o segundo país com maior número de mortes por coronavírus no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, e o terceiro em casos, abaixo dos EUA e da Índia.

São Paulo é o Estado brasileiro mais afetado pela Covid-19, tendo reportado nesta terça (17) as marcas totais de 1.178.075 infecções e 40.749 óbitos, de acordo com dados do Ministério da Saúde.

O Rio de Janeiro ocupa o segundo lugar entre os estados com maior número de mortes pela doença, com o registro de 21.474 óbitos e 330.009 casos até o momento.

Na avaliação de especialistas em saúde, entre os fatores que têm contribuído para o aumento nas taxas de disseminação da doença estão o relaxamento nas medidas de prevenção (com muitas pessoas deixando de usar máscaras e não mais observando o distanciamento social) e a liberação de praias, bares, restaurantes, shopping centers e pontos turísticos  (que gera aglomerações).

A proximidade das festas de fim de ano e a realização do segundo turno das eleições em muitos municípios, incluindo Rio de Janeiro e São Paulo, são outros motivos de preocupação para as autoridades de saúde.

Esta semana, segundo informações do boletim da prefeitura do Rio, os leitos de UTI municipais exclusivos para pacientes com a covid atingiram a taxa de 97% de ocupação, a maior já registrada desde o início da pandemia.