No Brasil, cerca de 1.198.363 de postos de trabalho com carteira assinada foram fechados no primeiro semestre do ano, no pior resultado para o período desde o início da série histórica do Ministério da Economia, em 2010.
A partir da pandemia do novo coronavírus, o mercado de trabalho foi ainda mais afetado por uma crise econômica que já existia antes da chegada da covid ao país, o que provocou o fechamento de diversas atividades econômicas.
O resultado do primeiro semestre deste ano é o saldo da diferença entre 6.718.276 contratações e 7.916.639 demissões. Na análise por regiões do país, o Sudeste teve o pior desempenho.
Divulgados na terça-feira (28/7) pelo site UOL, os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), do Ministério da Economia, que considera apenas os trabalhadores com carteira assinada.
Apenas no mês de junho deste ano foram fechadas 10.984 vagas com carteira, no pior resultado para o mês desde 2016 (-91.032 vagas). O total de pessoas que estavam empregadas com carteira assinada em junho somou 37.611.260, o que representa uma variação de -0,03% em relação ao mês anterior.
Também em junho, três dos cinco grupos de atividade econômica analisados pelo CAGED tiveram queda nos níveis de emprego. É o caso dos setores de Serviços (-44.891 vagas), Comércio (-16.646 vagas) e Indústria (-3.545 vagas).
Ao contrário da metodologia utilizada para os dados do CAGED, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do IBGE tem um espectro mais amplo, considerando todos os trabalhadores (com ou sem carteira assinada) em suas pesquisas. O mais recente levantamento da PNAD-IBGE registrou que o Brasil tinha, em média, 12,7 milhões de desempregados no trimestre encerrado em maio.
