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quinta-feira, novembro 21, 2024
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Visita de Nelson Teich ao HFB foi jogo de cena para disfarçar o sucateamento da saúde federal

Ocorrida no último sábado (9/5), a visita do ministro da Saúde, Nelson Teich, ao Hospital Federal de Bonsucesso (HFB) foi mais um gesto de propaganda vazia e demagógica que não terá qualquer consequência prática, no curto prazo, para a resolução dos graves problemas que afligem as unidades federais de saúde do Rio, onde a insuficiência de profissionais, a falta de insumos e a precariedade são a regra geral.

Durante a lamentável visita, Teich e sua comitiva de puxa-sacos, incluindo os atuais gestores do HFB, desviaram de um protesto realizado por servidores da unidade em frente à entrada principal do hospital. Segurando faixas e cartazes que denunciavam a falta de suporte para o combate ao coronavírus e a favor do SUS, os servidores criticaram duramente o sucateamento do HFB, onde apenas 35 dos 170 leitos prometidos para tratamento de covid-19 foram disponibilizados. Mesmo assim, com insuficiência de profissionais para operá-los.

A partir de março deste ano, quando o Hospital de Bonsucesso foi escolhido pela Superintendência Regional do Ministério da Saúde no Rio como ‘unidade de referência’ para tratamento de pacientes com coronavírus, 28 serviços especializados de média e alta complexidade foram desativados, deixando sem atendimento pacientes de outras patologias, como renais crônicos, cardíacos, neurológicos e oncológicos, entre vários outros.

Durante a visita, Nelson Teich anunciou à imprensa a suposta entrega de dois milhões de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e o envio semanal de respiradores. Alguns, de imediato.

Até o momento, contudo, profissionais e pacientes da rede federal de saúde ainda não viram a menor sombra desses prometidos equipamentos. Por sinal, promessas semelhantes foram feitas durante a gestão Mandetta, sem que, na prática, melhorasse efetivamente a precária situação enfrentada pelos profissionais de saúde que atuam na linha de frente para salvar vidas ameaçadas pela covid-19. As promessas, por isso, são um mundo de ficção.

Servidores denunciam falta de EPIs e tratamento diferenciado

No domingo (10/5), um dia após a visita de Teich, servidores do Hospital de Bonsucesso denunciaram ao Sindsprev/RJ o tratamento diferenciado que receberam no fornecimento de EPIs. Segundo os trabalhadores, pouco antes da chegada de Teich ao HFB eles foram orientados pelo Centro de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) do hospital a utilizar máscaras cirúrgicas apenas em áreas próximas às enfermarias dos pacientes e que, por esse motivo, não haveria necessidade da máscara N-95 e do face. O problema, de acordo com os servidores, foi que, durante a visita de Nelson Teich ao HFB, o ministro, sua comitiva e a direção-geral do hospital transitaram pelas dependências da unidade utilizando máscara N-95, capote de gramatura elevada e até óculos de proteção que se sobrepõem aos óculos de grau. Tudo como se as vidas do ministro, de sua comitiva e dos gestores do HFB fossem mais importantes que as vidas dos trabalhadores que estão na linha de frente da covid-19. Causou especial indignação aos servidores o desperdício desses capotes, que só devem ser utilizados por quem está assistindo os pacientes.

Os servidores também questionaram a qualidade dos próprios EPIs que vêm recebendo, uma vez que não foram os mesmos utilizados pelo ministro e sua comitiva no dia visita ao hospital.

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Hospital foi maquiado para receber visita de ministro

Também no domingo, servidores confirmaram ao Sindsprev/RJ a situação de caos administrativo gerado na véspera da visita de Teich ao HFB, fato denunciado pelo sindicato na última sexta-feira (8/5), em postagem específica.

Segundo os servidores, o HFB não foi adequadamente preparado para receber cerca de 20 pacientes de covid-19 transferidos às pressas do Hospital Federal Cardoso Fontes (HFB), alguns deles já entubados e em estado grave. Um desses pacientes teve inclusive que ser entubado na sala amarela da emergência do HFB.

Ao mesmo tempo em que chegavam pacientes do HCF sem qualquer planejamento, pacientes internados na emergência do Hospital de Bonsucesso eram transferidos, também sem o mínimo planejamento, para o prédio 1 da unidade.

Os servidores denunciaram ainda que os capotes fornecidos pelo HFB são impróprios e que máscaras estão sendo reutilizadas devido à falta de reposição.

Uma última denúncia foi quanto à reabertura do setor de Urologia, feita também sem nenhum preparo e sem médicos para atender os pacientes.

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Para os servidores, o que aconteceu na última sexta-feira (8) foi uma vergonhosa tentativa de maquiar o Hospital de Bonsucesso para a visita do ministro da Saúde.

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Tudo para passar a falsa impressão de que o HFB seria uma unidade preparada para o tratamento de covid-19. O que nunca foi verdade.

Protesto de servidores do Hospital de Bonsucesso durante a visita de Nelson Teich

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