Numa postura absolutamente vergonhosa, o governador bolsonarista do Estado do Rio, Claudio Castro (PSC), recusou-se a assinar o documento ‘Pacto Nacional Pela Vida e Pela Saúde’, que pede ao governo federal mais vacinas e recursos para a aquisição de novos leitos de covid. Subscrito por 22 governadores, o documento também pede apoio à adoção de medidas de distanciamento social como forma de combater a disseminação do coronavírus no país.

A recusa de Claudio Castro em assinar o manifesto dos governadores já não surpreende mais. No início deste mês, por exemplo, o atual governador do Rio vetou o projeto de lei que autorizava o governo do Estado a comprar vacinas contra a covid-19 aprovadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Para o veto, Castro alegou “falta de recursos”.

No entanto, Castro não alegou “falta de recursos” para aprovar a imediata compra de 15 novos caveirões, veículos blindados utilizados pela Polícia Militar do Rio para realizar incursões em favelas e periferias. Incursões que, cada vez mais, têm matado pessoas inocentes, a maioria delas negra e pobre.

O custo da compra dos caveirões — também conhecidos como ‘máquinas da morte’ — foi de R$ 10 milhões.

“O governador se nega a comprar vacinas que poderão salvar muitas vidas, mas se apressa em adquirir caveirões que vão tirar a vida de muitas pessoas.

É a lógica do estado que não se preocupa com a vida humana.

Só se preocupa em aumentar a violência policial contra a população”, protestou Osvaldo Mendes, dirigente da Secretaria de Gênero, Raça e Etnia do Sindsprev/RJ.