Por pressão do Sindsprev/RJ, a direção do Hospital Municipal Rocha Faria passou, esta semana, a fornecer Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para os maqueiros da empresa terceirizada Diamante. A informação é da diretora do Sindicato Clara Fonseca, que criticou a prestadora por colocar em risco a vida dos funcionários.

No entanto, os terceirizados dos setores de Limpeza e Segurança continuam utilizando equipamentos inadequados, como máscaras comuns e luvas de procedimento. E mesmo os maqueiros receberam somente as máscaras N-95, mas as luvas são as de procedimento, que não os protege da contaminação. Para piorar, segundo Clara Fonseca, a orientação é que eles usem a N-95 durante todo o mês, em vez de serem trocadas de 6 a 12 horas.

A dirigente informou que os maqueiros, terceirizados da limpeza e segurança circulam por todo o hospital, menos na sala de isolamento, onde se encontram internados os pacientes com o novo coronavírus ou com sintomas da doença. Alertou que o vírus contamina com muita facilidade e que, para evitar que isto aconteça, todos deveriam usar o equipamento adequado: máscaras n-95, trocadas a cada três horas, capote impermeável, luva apropriada, óculos e viseira de acrílico.

Clara lembrou ainda que parte dos terceirizados pode ser contaminada pela proximidade que têm dos corpos de pacientes que não resistiram à doença e permanecem guardados nas geladeiras do setor de Patologia do hospital.

A dirigente frisou que o risco de a contaminação se ampliar rapidamente é cada vez maior, já que apenas os profissionais que trabalham na chamada sala vermelha, onde estão os pacientes graves e isolados, usam o EPI adequado. “É necessário frisar que nem mesmo todos os servidores usam o EPI adequado”, denunciou.