A taxa de desemprego no Brasil foi de 14,1% no trimestre de setembro a novembro de 2020 e atingiu 14 milhões de pessoas. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (28/1) e fazem parte da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), segundo notícia publicada pelo portal UOL na internet.
Na comparação com o trimestre anterior (junho a agosto), o cenário é de estabilidade (14,4%). Mas, em comparação com o mesmo trimestre de 2019, são 2,9 pontos percentuais a mais (11,2%). Ou seja: o índice de desemprego continua crescendo no Brasil.
A PNAD Contínua é realizada em 211.344 casas distribuídas entre cerca de 3.500 municípios. O IBGE considera desempregado quem não tem trabalho e procurou algum nos 30 dias anteriores à semana em que os dados foram coletados.
Desemprego em alta mostra que governo e Congresso mentem
O aumento do desemprego (conjuntural e estrutural) no Brasil mais uma vez comprova o quanto são mentirosas as afirmações do governo Bolsonaro sobre uma suposta “recuperação” da economia brasileira. Ao contrário: os números mostram um aprofundamento da atual crise, que tende a piorar devido ao fim do pagamento do auxílio-emergencial a 50 milhões de famílias brasileiras que vivem abaixo da linha de pobreza.
A persistência de altíssimos índices de desemprego também desmentem as falácias construídas pelo governo Bolsonaro e o Congresso Nacional na época em que a nefasta reforma trabalhista foi aprovada. Na ocasião, como argumento para defender a reforma, governo e Congresso afirmavam que o resultado seria um aumento na geração de empregos. O que é absolutamente falso e mentiroso, na medida em que a reforma trabalhista visa tão somente proporcionar às empresas um aumento de suas já pornográficas margens de lucro às custas da redução de direitos dos trabalhadores.