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sábado, novembro 23, 2024
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Sindsprev/RJ repudia atos de terrorismo cometidos por Bolsonaristas em Brasília

Por meio de sua diretoria colegiada, e a exemplo do que já fez a Fenasps, nossa federação nacional, o Sindsprev/RJ repudia de forma veemente os lamentáveis ataques terroristas promovidos por bolsonaristas em Brasília, na tarde deste domingo (8/1). Ataques que resultaram na invasão e destruição das instalações do Palácio do Planalto, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Congresso Nacional.

A principal “motivação” dos criminosos bolsonaristas para cometerem os atos de terrorismo ocorridos na capital federal é o fato de não aceitarem o resultado das urnas que, em outubro deste ano, consagrou Luiz Inácio Lula da Silva como legítimo presidente da República Federativa do Brasil. Um presidente eleito democraticamente pela maioria do povo brasileiro.

Para os terroristas e bandidos que promoveram as inaceitáveis cenas de barbárie em Brasília, palavras como eleições e democracia são conceitos que só valem se Bolsonaro for o vencedor do pleito, o que felizmente não ocorreu.

O principal responsável político pelos atos terroristas deste domingo (8/1) sempre teve nome: chama-se Jair Bolsonaro. O ex-presidente que, ao longo de todo o seu horrendo mandato, atacou as instituições e o Estado de Direito, insuflou manifestações golpistas e estimulou o ódio em seus seguidores. O mesmo presidente que, covardemente e como um rato acuado, fugiu para os Estados Unidos ao final de 2022, na ilusão de que, agindo assim, não seria responsabilizado por eventuais atos terroristas cometidos por seus adoradores, como os ocorridos agora.

A responsabilidade política de Bolsonaro pelo terrorismo é ainda maior porque ele nunca condenou as manifestações golpistas que, há mais de dois meses, ocorrem em frente a quartéis do Exército em Brasília e outras capitais brasileiras. Manifestações onde pessoas que se dizem “patriotas” e “democratas” pedem intervenção militar para anular as eleições e entregar o poder àquele que foi rejeitado pela maioria dos brasileiros, o presidente mais odiado, covarde e desumano da história do país: Jair Bolsonaro.

Tão responsável quanto Bolsonaro pelos atos terroristas ocorridos domingo em Brasília são o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, e o secretário de segurança, Anderson Torres, que quase nada fizeram para prevenir e reprimir os ataques. Bolsonaristas declarados, Ibaneis e Torres (ex-ministro da Justiça do governo anterior) não têm nenhum compromisso com o Estado de Direito e, na verdade, nunca aceitaram o resultado das eleições que consagraram Lula presidente.

A omissão de Ibaneis Rocha foi tamanha que, no mesmo domingo (8/1), o presidente Lula decretou intervenção na segurança pública do Distrito Federal, decisão esta aprofundada pelo ministro Alexandre de Moraes, que determinou o afastamento do próprio governador, por um período de 90 dias.

A prova da responsabilidade de Ibaneis e Anderson Torres na barbárie de Brasília foi o comportamento dos policiais militares do Distrito Federal, filmados quando confraternizavam e tiravam fotos com os terroristas, rindo como se nada de anormal estivesse acontecendo.

A destruição protagonizada pelos bolsonaristas terroristas no Palácio do Planalto, no STF e no Congresso deixou um rastro de vidros, mobiliários e centenas de equipamentos quebrados. Móveis e materiais de escritório foram arremessados pelas janelas dos prédios públicos invadidos, instalações foram depredadas de cima a baixo, comprovando a selvageria inaudita dos terroristas.

Como corpo doutrinário, o bolsonarismo é o fascismo brasileiro. Uma tendência política e ideológica profundamente antidemocrática e que em muito se assemelha ao Integralismo dos anos 40 do século passado, corrente então liderada por Plínio Salgado, Gustavo Barroso e Miguel Reale. A diferença é que, muito pior que o Integralismo, o bolsonarismo é ainda mais odioso. Ainda mais golpista, preconceituoso e terrorista, como ficou evidenciado pela barbárie ocorrida em Brasília neste domingo.

Até o momento, mais de 400 prisões de bolsonaristas terroristas já foram efetuadas. Em pronunciamento realizado na noite de domingo, o ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou que todos os terroristas serão alcançados, identificados e responsabilizados por seus atos de barbárie. Segundo o ministro, eles responderão por destruição de patrimônio público, sedição golpista e terrorismo, entre outros crimes previstos no código penal brasileiro.

É o mínimo que o Estado, neste momento, pode fazer para conter a ofensiva fascista e ultrarreacionária movida pelo bolsonarismo no país.

 

Diretoria Colegiada do Sindsprev/RJ

 

 

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