Em uma decisão arbitrária que atenta diretamente contra o funcionamento das unidades da rede federal de saúde, a Superintendência Estadual do Ministério da Saúde no RJ removeu, na quarta-feira (11/11), médicos e chefes de serviço do Hospital Federal do Andaraí. Foram removidas ex officio — ou seja, automaticamente e sem qualquer justificativa — as chefias da Clínica Médica, Cirurgia Torácica, Oncologia, Centro de Tratamento de Queimados e Serviço de Emergência. Os profissionais removidos, além de concursados, possuem larga experiência, alta qualificação técnica em suas respectivas áreas, além de comprovada dedicação institucional.

O Sindsprev/RJ repudia com veemência a arbitrária remoção dos profissionais médicos do Hospital do Andaraí. Remoção que vai impactar negativamente na qualidade da assistência prestada à população.

Para o Sindsprev/RJ, a remoção sinaliza uma tentativa da Superintendência Estadual do Ministério da Saúde no RJ de promover uma retaliação contra os profissionais médicos do Andaraí, por terem assumido posição crítica em relação ao sucateamento daquela e de outras unidades da rede federal. Uma das principais críticas dos médicos removidos referem-se à tentativa do Ministério de entregar a gestão do Andaraí à iniciativa privada (Projeto Lean/Hospital Sírio Libvanês).

Numa rede federal onde, segundo levantamento produzido pela Defensoria Pública da União (DPU), já possui um déficit de 10 mil servidores, a arbitrária remoção das chefias médicas do Hospital do Andaraí é absolutamente inaceitável.

O Sindsprev/RJ exige a imediata revisão de todas as remoções. É preciso enfrentar o arbítrio agora, em defesa da saúde pública, gratuita e de qualidade para toda a população. Em defesa da dignidade de todos os profissionais de saúde da rede federal.