A tarde desta quarta-feira (30/10) foi especial para um grupo de aposentados na sede do Sindsprev-RJ. Promovida pela Secretaria de Aposentados e Terceira Idade do Sindsprev/RJ em parceria com o Fórum de Qualidade de Vida e Saúde/Sindsprev/RJ, a atividade teve como tema a ‘Otimização de Habilidades Cognitivas’, mediada pela psicóloga Rose Santos.
“O evento foi singular, primeiro pela questão da presença maciça de mulheres e homens, uma interação especial. Todos mostraram necessidade de falar, de colocar para fora suas decepções e emoções. A gente sente que os aposentados estão envolvidos e participam. Como querer se alimentar. Eles saíram diferentes. Saíram alimentados. O tema era ‘Otimização de Habilidades Cognitivas’. Programei atividades para desenvolver essas ações cognitivas. A partir desse momento, elas e eles começaram a falar, desabrochar algumas questões que ficaram presas e eles quiseram soltar. Foi muito bom”, comentou a psicóloga.
Luis Henrique dos Santos, diretor da Secretaria dos Aposentados e Terceira Idade do Sindsprev-RJ, ressaltou que o evento oferece abertura para discussão e interação entre os aposentados. “Esses encontros servem para os aposentados discutirem qualidade de vida e de saber o que está acontecendo com a vida deles. De conhecer políticas públicas a nível municipal, estadual e federal. Como reivindicar os benefícios, assistência e serviços”, enfatizou.
O psicólogo Murilo Marcondes Filho destaca que a ação cognitiva é importante para o idoso. Segundo ele, trata-se de um instrumento responsável para estimular as funções mentais do cérebro, como memória, atenção, percepção e linguagem, de modo a treinar as funções essenciais para o seu bom funcionamento, além de sentimentos como emoções, pensamentos e ações. “Essas funções também podem ser estimuladas de outras maneiras. Por meio de atividades físicas, encontro com amigos, criação de novos vínculos afetivos, lazer e cultura. Todos são aspectos que podem funcionar como uma maneira de proteger as funções cognitivas da pessoa idosa”, explicou.
Murilo Marcondes Filho acrescenta que a saúde mental na terceira idade não deve ser negligenciada. Ele cita a Pesquisa Nacional de Saúde, realizada em 2019, quando os idosos lideraram o ranking dos casos de depressão entre os brasileiros.
O psicólogo lembra ainda que, apesar de as técnicas de melhora na cognição não impossibilitarem o aparecimento de demências, como é o caso do Alzheimer, elas são capazes de reduzir os sintomas, pois mantêm o cérebro funcionando por um período maior de tempo. “Além de contribuir para a melhoria das funções neurológicas, a estimulação cognitiva também auxilia na saúde como um todo, especialmente no que diz respeito à prevenção de doenças cardiovasculares”, completou.