Na manhã desta quarta-feira (6/10), diretores do Sindsprev/RJ, da Federação Nacional (Fenasps) e de sindicatos filiados de vários estados participaram de protesto em frente ao prédio do INSS. A partir das 10 horas, passaram a ocupar o saguão exigindo serem recebidos pelo presidente do Instituto, Leonardo Rolim. Até a postagem desta matéria, os manifestantes não haviam sido recebidos.
Os servidores reivindicam a manutenção das 30 horas semanais, do Reat e a derrubada das portarias 1345 e 1347, além de concurso público, reajuste salarial, cumprimento do acordo de greve de 2015, defesa do serviço social na previdência e arquivamento definitivo da proposta de reforma administrativa (PEC 32) em tramitação no Congresso Nacional. A participação do Rio de Janeiro no ato de Brasília foi aprovada no Grupo de Trabalho (GT) dos servidores do INSS do Sindsprev/RJ.
“Estamos aqui no ‘Bloco O’ do INSS cobrando uma audiência com o presidente do Instituto, Leonardo Rolim.
Mas até o momento, infelizmente, este é o comportamento lamentável do presidente, não nos recebeu, mostrando que não quer diálogo com a categoria”, afirmou o diretor do Sindsprev/RJ, Sidney Castro. Disse que Rolim alegou não ter recebido os ofícios da Fenasps e sindicatos condenando as portarias que revogaram direitos e ampliaram a jornada para 8 horas diárias, extinguiram o Reat e a própria carreira, e solicitando a audiência. “Sabemos que isto é uma mentira. Vamos continuar pressionando até sermos recebidos”, avisou o dirigente.
O diretor da Fenasps, Luciano Veras, também exigiu respostas imediatas. “Hoje estamos aqui, colegas do INSS de todo o Brasil, numa manifestação na direção central, em Brasília, exigindo audiência com o presidente do INSS, e respostas aos ofícios da Fenasps para resolver os problemas gerados por uma série de portarias que prejudicam o nosso trabalho, adoecem o servidor e não entregam ao segurado, à população brasileira, o serviço que ele exige”, disse durante o ato o dirigente da Fenasps.
Lembrou que a categoria exige a devolução de inúmeros direitos que foram retirados na gestão de Rolim, como Reat e 30 horas.
“E ainda, o cumprimento de acordos de greve. Vamos subir, conversar com a Diret, a Dibem, saber por que nossos ofícios não foram respondidos, por que essa audiência pedida não foi marcada, exigir deles uma solução a bom termo destas questões para que os servidores do INSS não fiquem sem saber o que fazer com tantas mudanças absurdas sendo impostas, e sejam respeitados”, acrescentou.
Reforma administrativa
O ato é ainda contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 32 da reforma administrativa. Em tramitação na Câmara dos Deputados, foi aprovada com uma série de manobras na Comissão Especial e dever ser submetida a duas votações em plenário, ainda sem data marcada, mas após o feriado de 12 de outubro com quórum de pelo menos 3/5 dos 518 parlamentares. Mas o governo Bolsonaro não conta hoje com 308 votos.