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quinta-feira, novembro 21, 2024
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Servidores voltam à Alerj nesta terça (16/3) para dizer não ao fechamento do Hospital Eduardo Rabello

Servidores do Hospital Estadual Eduardo Rabello voltam às escadarias da Alerj nesta terça-feira (16/3), às 14h, para protestar contra a intenção do governo de fechar a unidade para a realização de obras estruturais. Durante a manifestação será realizada nova reunião entre representantes da Secretaria Estadual de Saúde, da Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio (Emop), do Sindsprev/RJ, Acentraserj, servidores do hospital e parlamentares. Na reunião a Secretaria de Saúde promete apresentar os laudos técnicos da Emop que supostamente fundamentariam a necessidade de fechamento do hospital. O governo alega que os problemas existentes na estrutura da unidade “ameaçam a segurança e a integridade” de profissionais de saúde e pacientes do Eduardo Rabello.

Nos dias 10 e 11/3, em reuniões da Comissão de Saúde da Alerj com a presença do presidente da Casa, deputado André Ceciliano (PT), de deputados da Comissão, do secretário estadual de saúde (Carlos Alberto Chaves), do presidente do IASERJ (Alexandre Maurity), de servidores, Sindsprev/RJ e Acentraserj, a proposta de fechamento do Eduardo Rabello foi abertamente questionada. O deputado estadual Flávio Serafini (PSOL) exigiu a apresentação dos laudos que supostamente fundamentariam o fechamento do hospital, medida considerada extrema pelos parlamentares. “Em outras ocasiões eu tive acesso a laudos sobre problemas do hospital Eduardo Rabello, mas nenhum desses laudos recomendava o fechamento da unidade. Discordamos da decisão política da Secretaria de Saúde de fechar o hospital, o que é mais grave por acontecer na pandemia de covid. Exigimos os laudos recentes da Defesa Civil e Vigilância Sanitária que embasam o pedido de fechamento”, disse. Segundo o deputado, uma vistoria independente no hospital será solicitada formalmente ao Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ).

Dirigente do Sindsprev/RJ e da Acentraserj, Clara Fonseca criticou duramente a intenção do governo do estado. “É muito grande o clima de apreensão em todo o hospital Eduardo Rabello porque os servidores da unidade ainda não têm nenhuma garantida de que não serão transferidos. O governo vai ter que provar, com base em laudos técnicos, a necessidade de fechar o hospital. Suspeitamos que o objetivo do governo seja entregar o Eduardo Rabello à gestão de organizações sociais, como forma de privatizar a unidade”, frisou.

Nas reuniões dos dias 10 e 11/3, a deputada Enfermeira Rejane (PCdoB) também questionou as intenções do governo. “Não estou convencida da necessidade de uma medida tão extrema como o fechamento do hospital. Já vimos muita falcatrua acontecer no estado do Rio, já vimos unidades sendo entregues a organizações sociais e até tivemos um governador [Wilson Witzel] recentemente afastado. Não aceitamos o fechamento do Eduardo Rabello. O que está em jogo é a vida de pacientes e servidores do hospital, em plena pandemia de covid”, disse.

“Precisamos todos comparecer ao ato desta terça-feira, na Alerj. Não podemos permitir o fechamento do hospital Eduardo Rabello, uma unidade especializada em geriatria de grande importância para a rede estadual”, frisou o servidor Gilberto Mesquita, para reforçar a necessidade de mobilização em defesa do hospital.

Além de Flávio Serafini e Enfermeira Rejane, as reuniões dos dias 10 e 11/3 contataram com a presença da deputada estadual Martha Rocha (PDT).

 

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