Servidores em greve do INSS realizaram um ato público, nesta quarta-feira (21), em frente à agência do Centro de Niterói. A ação, que teve apoio de segurados que procuravam o instituto, serviu também para explicar à população os motivos da paralisação.
A greve teve início em 16 de julho porque o atual governo não considerou as reivindicações dos servidores, que exigem reposição salarial; cumprimento do acordo fechado em 2022; realização de concurso público para agilizar e melhorar os atendimentos presenciais e remotos; e melhoria das condições de trabalho.
Com o descaso, o instituto está sucateado e com número insuficiente de servidores para atender as demandas de milhões de segurados. Os funcionários trabalham sobrecarregados para atender as necessidades da população.
O segurado Henrique Oliveira de Brito considera importante o movimento de greve mostrar que os servidores públicos estão em busca não só de aumento salarial, mas de melhores condições de trabalho.
“O movimento mostra as reais condições de trabalho dos servidores e o quanto os salários estão defasados. Tudo isso prejudica o atendimento à população”, comentou.
O segurado lembrou da importância do concurso público para reforçar o quadro de funcionários.
“Hoje existem muitos terceirizados, quadros precários que não têm técnica suficiente para que o trabalho atenda às necessidades da população da forma que ela merece. Essa greve causa impacto na sociedade e chama a atenção para esse problema social de uma instituição pública que não funciona porque é sucateada e tem seus quadros de funcionários sem condições de servir à população”, analisou.
Sebastião de Souza, dirigente do Sindsprev-RJ, ressaltou que a atual greve do INSS tem um significado diferente.
“Estamos usando uma outra metodologia. Não dá para falar de previdência só com os servidores. Temos que ganhar a população. Temos que falar para a população porque o Benefício Assistencial à Pessoa com Deficiência, o LOAS, por exemplo, está demorando a sair. Não é por falta de competência, mas por falta de estrutura”, explicou.
O dirigente criticou a agência do INSS, que fica no Centro de Niterói, ter um quadro de funcionários formado por 80% de estagiários.
“Muitos desses estagiários não têm o conhecimento que o servidor tem. E, com isso, quem sai prejudicado é o segurado”, avaliou.
Já em relação à greve da saúde federal, Sebastião de Souza elogiou a resistência dos servidores, destacando os próximos passos do movimento.
“Estamos mostrando resistência. Amanhã vamos para a porta da ministra Nísia Trindade para mostrar a traição dela. A população tem que entender que Lula é governo e nós somos trabalhadores. Trabalhador organizado é diferente de qualquer que seja o governo. A nossa luta é soberana e independente de nossos governantes. Porque isso deixa claro para futuras gerações que nós não podemos estar atrelados a nenhum partido e, sim, em torno de uma organização. Porque somente a luta de trabalhador organizado que irá vencer a política neoliberal. Ou melhor, liberal que o Lula está implementando”, finalizou.
Veja o vídeo do ato em frente à agência do INSS de Niterói:
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