Os servidores do INSS do Rio de Janeiro decidiram em assembleia virtual, no último dia 25/10, indicar à Fenasps a suspensão da greve e que o Comando Nacional de Greve da Fenasps discuta se deve ou não assinar o Termo de Acordo com o governo. Isto porque, apesar das tentativas de diálogo com o governo, não houve avanços nas negociações até o momento. Ao invés de negociar, o governo optou por atacar o movimento, com ofensivas judiciais, corte de ponto e codificação como “falta injustificada”.
A deliberação da assembleia visa garantir as seguintes reivindicações e propostas:
– Devolução dos valores descontados por motivo de greve;
– Que a reposição da greve de 2022 seja considerada como resolvida, sem qualquer repercussão na ficha funcional ou financeira;
– Em relação à greve de 2024, que seja resolvida na base da reposição coletiva, levando-se em conta o percentual de paralisação;
– Participação da Fenasps no Comitê Gestor do INSS, sendo certo que, a qualquer sinalização de que suas resoluções não serão cumpridas, a Fenasps denuncie mais esse descumprimento de acordo do governo Lula.
Deflagrada em 16 de julho, a greve completou 100 dias na última semana e tem, como alguns de seus objetivos, a melhoria das condições de trabalho e da prestação dos serviços da Previdência Social à população, além de outros itens, como exigência de nível superior para ingresso no cargo de Técnico do Seguro Social e implementação de carreira típica de Estado (finalística) para os trabalhadores e trabalhadores do Seguro Social.
No último dia 10 de outubro, servidores de todo o país estiveram em Brasília, onde foram feitos vários atos e manifestações e até um enterro na Direção Central do INSS, no Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), no Palácio do Planalto e no Ministério da Fazenda. O Comando Nacional de Greve tenta, através de parlamentares, reabrir a mesa de negociação, mas o governo está intransigente em relação às pautas.