Os servidores do INSS no Rio de Janeiro e o Comando de Greve realizaram uma assembleia virtual, nesta segunda-feira (04/11), e decidiram suspender a greve, com retorno ao trabalho condicionado à assinatura do acordo entre as partes (Fenasps, MGI e INSS), nos moldes estipulados pela federação nacional. A assembleia destacou a necessidade de que a assinatura do acordo, de forma crítica, seja entendida como medida para garantir as seguintes reivindicações:
– Devolução dos valores descontados por motivo de greve;
– Que não haja prejuízo ou penalidades aos grevistas, incluindo especialmente qualquer medida disciplinar;
– Que a reposição da greve de 2022 seja considerada como resolvida, sem qualquer repercussão na ficha funcional ou financeira;
– Em relação à greve de 2024, que seja resolvida na base da reposição coletiva, levando-se em conta o percentual de paralisação;
– Participação da Fenasps no comitê gestor do INSS, sendo certo que a qualquer sinalização de que suas resoluções não serão cumpridas, a Fenasps denuncie o descumprimento de acordo por parte do governo Lula;
– Carta Aberta denunciando a prática antiética e nociva da CNTSS/CUT, e que fiquem explícitos os prejuízos causados aos servidores com a assinatura do acordo pelas duas entidades. Acordo que não representou os termos firmados entre a Fenasps e o INSS.
– Manutenção dos comandos Estaduais de Greve.
Carlos Vinícius Lopes, ex-dirigente do Sindsprev-RJ, ressaltou que o acordo deve ser assinado para não prejudicar os servidores. “Porém, a qualquer momento, voltamos à greve. Vamos entrar em estado de greve. O Rio de Janeiro aderiu à greve, sim. Quero deixar o meu agradecimento a todos os companheiros e companheiras que participaram dessa greve. Novos, antigos, aos que não fizeram a greve. Por último: respeitem a nossa história, principalmente a do Rio de Janeiro”, comentou.