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quinta-feira, setembro 19, 2024
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Servidores do INSS de Niterói decidem protestar na porta do ministro Lupi nos próximos dias

Cerca de 40 servidores que participaram de uma assembleia, nesta quarta-feira (14), na gerência do INSS de Niterói, decidiram promover um ato público em frente à residência do ministro da Previdência Social, Carlos Roberto Lupi, que mora na cidade, e outra manifestação na APS do Centro do município, na Avenida Amaral Peixoto. As datas serão definidas nos próximos dias.

A reunião foi convocada para discutir o Plano de Gestão e Desenvolvimento (PGD), além das propostas de reajuste salarial e reestruturação e valorização da carreira dos servidores. Um momento que chamou a atenção foi o desabafo de uma servidora, que sofrera assédio moral de um gerente do setor onde trabalha.

O assédio moral é uma violência usada para desestabilizar emocional e profissionalmente o trabalhador. Apesar da orientação do dirigente do Sindsprev-RJ, Sebastião de Souza, quanto à importância de denunciar o abusador, a servidora, emocionada e com medo de represália, pediu para não ser identificada.

O dirigente do sindicato ressaltou que não informaria o nome da vítima, mas que levaria o relato para Brasília. Sebastião ressaltou a importância da participação dos servidores na assembleia. Acrescentou que a mobilização é fundamental nesse momento de greve.

“Somente juntos vamos atingir nossos objetivos. Na assembleia, ficamos sabendo o que acontece dentro das unidades. Por exemplo, o fato de uma colega ter sido assediada de forma grosseira por um gerente. Vamos fazer uma representação junto à Brasília porque esse tipo de assédio não pode passar em branco”, adiantou, afirmando que somente a luta dará um ponto final nisso.

Enrolação – “Tivemos a aprovação unânime para realizar uma grande manifestação na porta da casa do ministro Lupi. Ele é de Niterói e não está tendo vontade política de atender à categoria. Essa enrolação é comparada à situação que estamos tendo na saúde federal, onde uma ministra mostra não ter compromisso de atender nossas reivindicações”, criticou.

O técnico do seguro social, Renato Soares, que mediou o encontro, ressaltou que o Plano de Gestão e Desenvolvimento ameaça extinguir com a carreira do Seguro Social.

“O PGD já está em execução e com prazo limite para ser implementado administrativamente no final de outubro. Então, a partir de novembro, se não unirmos forças para expressar o que a gente acha desse PGD, isso será empurrado goela adentro”, alertou.

Extinção da carreira – O servidor explicou ainda que o plano prevê o fim do teletrabalho, além de implementar metas absurdas para os servidores. E tem mais: “O PGD deixa claro que a nossa carreira não é atividade finalística, mas de apoio, sendo que nós decidimos tudo. Nós servidores do INSS, tanto técnicos quanto analistas, decidimos o processo seja aposentadoria, de pensão por morte, salário maternidade, entre outros. Decidimos tudo desde o início até a conclusão. Então, se isso não é atividade fim, não é atividade finalística, o que é atividade finalística? Nós não somos apoio. Nós somos decisão do que o cidadão vem pleitear. Nós somos reconhecedores de direitos”, analisou.

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