Trabalhadores da rede federal de saúde participam, nesta quinta-feira (7/11), de assembleia dos trabalhadores da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio) que vai deliberar sobre a luta contra a fusão do HFSE com o Hospital Universitário Gaffrée e Guinle (HUGG). A assembleia será realizada no auditório do HUGG, a partir das 14h.
Com a participação na assembleia dos trabalhadores da UniRio, o objetivo dos servidores da rede federal é construir ações conjuntas e um calendário comum de mobilizações contra a fusão dos dois hospitais (HFSE e HUGG). Isto porque o objetivo do governo Lula (PT) é, a partir da referida fusão, criar um novo hospital universitário cuja gestão ficaria a cargo da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).
Nos últimos meses, o Ministério da Saúde iniciou o processo de municipalização do Hospital Federal do Andaraí (HFA) e também transferiu a gestão do Hospital Federal de Bonsucesso ao Grupo Hospitalar Conceição, onde trabalhadores estão sendo desrespeitados pelo autoritarismo dos novos gestores.
A fusão do Hospital dos Servidores do Estado com o Gaffrée e Guinle será objeto de estudo conduzido a partir de um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) do Ministério da Saúde com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) e a Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio).
O Hospital Universitário Gaffrée e Guinle tem 1.526 funcionários, sendo que 53% são servidores da Unirio e 47% empregados concursados da Ebserh. A unidade conta com oito salas cirúrgicas e 170 leitos em funcionamento. Atualmente, o Gaffrée e Guinle está com graves problemas de gestão provocados pela administração da Ebserh. Cinco enfermarias e um setor de ortopedia estão hoje fechados. Cirurgias são suspensas e, para piorar, o serviço de residência médica corre risco de ser descredenciado, segundo denúncias dos próprios trabalhadores do hospital. Uma unidade que, mesmo sucateada, atende cerca de mil pacientes ao dia.
Já o Hospital Federal dos Servidores do Estado (HFSE) conta com 370 leitos, mas 79 estão fechados por falta de médicos. Quando foi inaugurado, a unidade tinha capacidade para 450 leitos. Entre as especialidades, a unidade conta com gestão de alto risco, tratamento oncológico, hematologia, pediatria, cardiovascular, tratamento para doença renal crônica com hemodiálise, atenção psicossocial, transplante de rins, córnea e esclera, alta complexidade, atendimento especializado para pacientes com obesidade mórbida e saúde bucal.