Trabalhadoras e trabalhadores vão parar em defesa da Previdência Pública e do direito à aposentadoria no próximo dia 14 de junho. A greve nacional contra a PEC nº 06 está sendo convocada por dez centrais sindicais do país, com apoio dos sindicatos e dos movimentos sociais e da juventude.
A participação da categoria neste dia de luta e de greve foi aprovada na assembleia geral realizada dia 22 de maio, na sede do Sindsprev-RJ. Também se decidiu pela participação nos atos previstos para esta quinta-feira, 30 de maio: é hora de ir às ruas defender a educação pública, a saúde pública, os serviços públicos e rejeitar a reforma da Previdência.
O GT da Saúde Federal aprovou um calendário de assembleias nos hospitais federais, elaborado em acordo com as associações e os ativistas de base. Avaliou-se ainda a necessidade de defender a saúde federal, combater a política de congelamento salarial e lutar por condições dignas de trabalho — veja ao final.
No INSS, reunião do GT da categoria, no próximo dia 4/6, às 18h, no Sindsprev/RJ, também vai definir o plano de lutas e mobilizações para a greve geral.
As manifestações que tomaram as ruas no dia 15 de maio mostraram uma enorme rejeição às propostas do governo. Mostraram também que é possível impedir que a reforma da Previdência passe no Congresso Nacional. A PEC-06 foi elaborada com base num falso déficit, que só elimina direitos dos trabalhadores e, de forma muito dura, dos servidores públicos federais. É preciso reagir, não importa em quem cada um votou nas eleições. Essa luta é de toda a saúde federal e é pelo direito de todos.
Reforma de Bolsonaro é só perdas para os servidores
Capitalização
Criação do regime de capitalização, que é basicamente uma aplicação financeira sem garantias e sob controle dos bancos, com alto nível de insegurança. Na prática, é o fim da Previdência Social para as futuras gerações. Mas que terá reflexos para quem já está ou vai se aposentar, pois os recursos dos regimes próprios e do regime geral tendem a secar com o não ingresso de novos segurados.
Aumento da idade para se aposentar
De imediato, regra de transição para quem já é servidor prevê o aumento da idade mínima para aposentadoria de mulheres, fixada em 56 anos, e homens, fixada em 61 anos. Em 2022, passam respectivamente para 57 e 62 anos.
Transição: mais 14 anos para as servidoras se aposentarem
Segundo análise do Dieese, a transição proposta aumenta de forma muito rápida os requisitos combinados de idade e tempo de contribuição (em 9 anos, para os homens, e em 14 anos, para as mulheres), significando, ao final, a exigência de 43 e 38 anos de contribuição como mínimo para aaposentadoria do homem e da mulher, respectivamente.
Pontuação
Para se aposentar, a servidora e o servidor terão ainda que cumprir uma pontuação mínima, resultado da soma da idade com o tempo de contribuição. Começa em 86 pontos para mulheres e 96 pontos para homens, aumentando um ponto a cada ano até atingir, respectivamente, 100 e 105 pontos.
PEC derruba os valores
A proposta reduz significativamente o valor de quem não conseguir se aposentar com integralidade. A aposentadoria com valor equivalente a 100% da média só será alcançada com 40 anos de contribuição.
A aposentadoria integral e paritária, para quem entrou no serviço público antes de 2003, só será possível com a idade mínima de 62 (mulheres) e 65 anos (homens).
Calendário de assembleias nos hospitais federais e atos públicos
- Hospital Ipanema: dias 3, 5, 7 de junho, às 13h
- Hospital de Bonsucesso: 4 e 5 de junho, às 10h
- HFSE: dia 5 de junho, às 10h
- Hospital do Andaraí: dia 5 de junho, 14h
- INTO: dias 5 e 6 de junho, às 10h
- INC: dia 11 de junho, às 10h
Atos na Saúde Federal marcados para 14 de junho
- Ato no INTO – às 7h
- Aula Pública sobre a reforma da Previdência – às 7h, Hospital no Cardoso Fontes
- Ato unificado no Hospital de Bonsucesso – às 10h