Divulgado nesta terça-feira (12/1) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), usado para a correção do salário mínimo, acumulou alta de 5,45% em 2020. O reajuste aplicado pelo governo Bolsonaro ao salário mínimo, no entanto, foi de 5,26%. Ou seja: menor que o INPC do ano passado.
O que poderia parecer um mero “detalhe”, contudo, é na verdade a expressão mais completa da perversa política salarial imposta pelo atual governo, que tudo faz em favor das margens de lucro das empresas e contra os direitos da classe trabalhadora.
De acordo com informações do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o salário mínimo serve de referência para 49 milhões de trabalhadores no Brasil.
O governo Bolsonaro acabou com a política em vigor até 2019, que garantia aumento real (acima da inflação oficial) ao salário mínimo, sempre que houvesse crescimento econômico. Essa fórmula de cálculo levava em conta a inflação do ano anterior, medida pelo INPC, mais o resultado do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos anteriores.