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domingo, abril 13, 2025
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Servidores da saúde de Niterói querem atendimento de suas reivindicações

A demora do prefeito de Niterói, Rodrigo Neves (PDT), em atender às reivindicações dos servidores do município — como reajuste salarial, melhores condições de trabalho, combate à precarização dos serviços, acabar com o sucateamento das unidades de saúde e melhorar o atendimento — tem gerado protestos e refletido na assistência à população. Os servidores reclamam do baixo nível salarial e da concessão de gratificações para alguns segmentos em detrimento de outros, o que aumenta as distorções entre os trabalhadores. Sem falar no que ocorre na saúde, com a deterioração da rede.

A instalação da Mesa Permanente de Negociação é uma das principais reivindicações de entidades sindicais. Em janeiro, o Sindsprev/RJ, a Associação dos Servidores da Saúde de Niterói e o Sepe-Niterói protocolaram um ofício exigindo que a gestão Rodrigo Neves (PDT) agendasse o mais rapidamente possível a data da primeira rodada da Mesa de Negociação Permanente. Em vão.

Ouras pendências também chamam a atenção. A prefeitura ainda não  apresentou um projeto de antecipação da data-base; proposta de auxílio-refeição para todo o funcionalismo;  e solução para o problema dos 296 servidores que recebem abaixo do salário mínimo. Vale lembrar que o pagamento de um salário abaixo do mínimo legal viola a Constituição Federal. 

Sebastião José de Souza, dirigente do Sindsprev/RJ lotado em Niterói, destacou que as lutas pelo Plano de Cargos, Carreiras e Salários, Tabela Salarial e Mesa Permanente de Negociação continuam e estão bem encaminhadas.

“Estamos aguardando a próxima reunião com o Rodrigo Neves, acreditando na palavra dele para resolver essas questões. O Sindsprev/RJ tem um olhar mais plural. Não estamos em uma situação economicista. Nosso trabalhador está doente nas unidades. O plano de saúde desses trabalhadores é através da Policlínica Almir Madeira, que tem várias questões para serem resolvidas, como estrutura deficiente, médicos em algumas especialidades e exames de alta complexidade”, criticou.

O dirigente sindical lembrou que o baixo salário na saúde é motivo para não atrair profissionais qualificados para o concurso público. Sebastião de Souza acredita que, com a implementação da Tabela Salarial, o próximo processo seletivo será mais atraente para profissionais de alto nível.

“Com esse salário baixo não dá. O próprio prefeito reconheceu isso, assim como a secretária de Saúde, Ilza Fellows. Ela veio da rede privada e tem visão de um profissional que ganha razoavelmente bem. No cenário mundial, ninguém ganha bem. A força de trabalho é muito barata no mundo inteiro, mas podemos melhorar a situação atual. Estamos aguardando. O Sindsprev/RJ e a Associação dos Servidores da Saúde de Niterói fazendo essa dobradinha. Porque juntos somos fortes”, concluiu.

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