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sábado, novembro 23, 2024
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Procuradores acusam Guedes de tentar impedir investigações

Procuradores da República do Distrito Federal, que integram a Força Tarefa Greenfield, acusaram o ministro da Economia Paulo Guedes de trabalhar para impedir as investigações sobre um esquema de operações de gestão fraudulenta por ele comandado que causou prejuízos milionários a investimentos feitos com recursos de fundos de pesão de estatais. Em documento enviado ao desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região, os representantes do Ministério Público Federal (MPF), Sara Moreira de Souza Leite e Anselmo Henrique Cordeiro Lopes. frisam que Paulo Guedes, busca colocar para debaixo do tapete um dano multimilionário ao tentar travar investigações sobre seus negócios com recursos provenientes de fundos de pensão de estatais.

A pedido dos advogados de Guedes, o desembargador suspendeu, no último dia14, as investigações por 40 dias.

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E solicitou o envio dos inquéritos que correm sob sigilo desde que Paulo Guedes assumiu o Ministério em janeiro de 2019. Um dos argumentos utilizados pelos advogados de defesa foi, mais uma vez, o de que a ação não caberia porque houve retorno dos investimentos feitos por um intrincado esquema de empresas gestoras, bancos e corretoras, comandados pelo então empresário Paulo Roberto Nunes Guedes.

A defesa se utilizou também de outra alegação, a de que o pedido teve motivação política. Os advogados de Guedes querem que os inquéritos sejam definitivamente encerrados. Foi marcado para 22 de setembro o julgamento em que a 3ª Turma do TRF-1 decidirá se a apuração deve prosseguir ou não.

Como resposta, os procuradores encaminharam todas as informações requeridas pelo magistrado.

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No documento fazem um alerta. “Dessa forma, o esforço de Paulo Guedes para arquivar a investigação sobre o investimento suspeitíssimo na empresa Enesa Participações S.A. deve ser entendido como uma tentativa de colocar para “debaixo do tapete” um dano — possivelmente criminal – multimilionário, que hoje contribui para a situação delicada por que passam os maiores fundos de pensão do país – bem como seus participantes, aposentados e pensionistas, que são obrigados a realizar contribuições extraordinárias para colmatar o rombo deixado por administrações anteriores das entidades fechadas de previdência complementar”, sustentou a Força-Tarefa.

Explicam que são objeto dos dois inquéritos, as operações feitas pelos FIPs (Fundos de Investimento e Participações) BR Educacional, Brasil Governança e Caixa Modal Óleo e Gás Investimentos, cujos aportes realizados em empresas – entre elas. a HSM Brasil e a Enesa – geraram prejuízos milionários aos fundos de pensão. ‘A primeira empresa ocasionou, em valores atuais, mais de R$ 72 milhões em perdas para os fundos de pensão. Quanto à Enesa, houve perda total do valor aportado. O rombo provocado aos investidores supera R$ 700 milhões atualmente’.

A Força-Tarefa Greenfield esclarece ainda que todos os documentos solicitados pelo ministro para que fossem juntados aos procedimentos foram incluídos. A defesa alega que não foi levado em consideração pelos procuradores um suposto parecer da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) considerando aprovadas as operações feitas sob o comando de Guedes. Os procuradores da República responderam que o documento da CVM não consta dos autos porque não foi requerido, o que pode ser feito.

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