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quinta-feira, novembro 21, 2024
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Precisamos reagir aos sonhos autoritários de Bolsonaro

O Sindsprev/RJ repudia a postura de Jair Bolsonaro, que, por meio de redes sociais, vem insuflando a realização de manifestações golpistas para o próximo dia 15 de março. Manifestações convocadas por setores retrógrados e ultrarreacionários que sonham com a volta de um regime de exceção, no qual os trabalhadores não tenham voz e sejam impedidos de se organizar para legitimamente defenderem seus direitos.

Muito mais do que confrontar os poderes Judiciário e Legislativo, o objetivo do governo é debilitar, restringir e enfraquecer as liberdades políticas conquistadas após a promulgação da Constituição Federal de 1988.

Acuado por denúncias de ‘rachadinha’ envolvendo seu filho, o senador Flávio Bolsonaro; por sua amizade com milicianos suspeitos do assassinato da vereadora Marielle Franco; por sucessivas derrotas, no Congresso Nacional, sobre a distribuição do orçamento da União para 2020; pelo fracasso de sua política econômica; pela queda vertical de sua popularidade e pelo aumento generalizado da insatisfação social, Bolsonaro tenta agora, com as manifestações convocadas para 15 de março, mobilizar sua base social de apoio para promover um retrocesso institucional no país.

O projeto do atual presidente é, na verdade, acumular forças rumo à futura instauração de um governo fascista e ditatorial no Brasil.

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Um governo que, por ser autoritário e ditatorial, tenha ainda mais capacidade de aprofundar o ajuste capitalista exigido pela maioria dos grandes empresários brasileiros, pelo imperialismo e o sistema financeiro. Ajuste que já produziu as reformas trabalhista e previdenciária. E que agora quer implementar a reforma administrativa em todo o serviço público,  aprofundando os cortes de direitos do funcionalismo nas três esferas de governo. Se possível, sem que os trabalhadores possam se organizar para reagirem à altura.

A criação do partido ‘Aliança pelo Brasil’, de inspiração obviamente fascista, foi um dos primeiros passos de Bolsonaro rumo à construção e instauração de seu projeto autoritário de poder. Mas o atual presidente já deu outras manifestações nesse sentido. Em março de 2019, por exemplo, editou uma Medida Provisória com o objetivo de sufocar financeiramente os sindicatos de trabalhadores. De forma semelhante, editou decretos e portarias que, de forma unilateral e sem qualquer discussão, vêm restringindo cada vez mais o acesso da população a direitos básicos nas áreas da saúde, previdência, educação, assistência social, reforma agrária etc.

É preciso barrar a ofensiva autoritária de Bolsonaro e seu governo de inspiração fascista.

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Os trabalhadores brasileiros não podem encarar como ‘normal’ as tentativas do atual governo de restringir ainda mais seus direitos políticos e de organização. É preciso reagir. E por isso desde já convocamos todos os servidores públicos e trabalhadores da iniciativa privada para as mobilizações do Dia Nacional de Lutas contra as perdas de direitos, que acontecerão em 18 de março, com indicativo de uma greve nacional.

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Convocado pelas maiores centrais sindicais do país, além de movimentos sociais e sindicais, o Dia Nacional de Lutas será um primeiro passo na resistência coletiva contra as políticas do governo Bolsonaro.

O autoritarismo não passará!

Diretoria Colegiada do Sindsprev/RJ

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