A luta pelo piso salarial continua na próxima quarta-feira (21 de setembro), quando profissionais de enfermagem da rede federal do Rio fazem ato unificado em frente ao Hospital Federal da Lagoa (HFL), como parte das atividades do Dia Nacional de Paralisação da categoria. A manifestação no HFL será em frente à entrada principal da unidade, a partir das 10h30.
Dois dias antes, na segunda-feira (19/9), a partir das 7h, em frente ao Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP), acontece o ato da enfermagem de Niterói em defesa do piso salarial, do qual também vão participar servidores da rede federal. O ato no HUAP está sendo convocado pelo Sindsprev/RJ e pelo Sintuff.
A participação nessas manifestações foi a principal deliberação da plenária virtual da rede federal ocorrida na noite desta quinta-feira (14/9), logo após o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) formar maioria pela suspensão do piso salarial da enfermagem, em injusta decisão que atendeu tão somente ao pleito dos patrões do setor de privado da saúde.
“A partir de agora, vamos intensificar ainda mais as nossas mobilizações pela implementação do piso salarial.
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Não aceitamos que o governo Bolsonaro destine bilhões para o orçamento secreto e, ao mesmo tempo, não aponte fontes de custeio para o nosso piso. Não aceitamos que o Congresso Nacional e os governos estaduais e municipais também continuem omissos nesta questão. O nosso piso salarial é lei e, em algum momento, terá de ser cumprido, doa a quem doer. É a nossa mobilização que vai fazer a diferença”, afirmou Sidney Castro, da direção do Sindsprev/RJ.
Entre as propostas de custeio do piso salarial estão a desoneração da folha de pagamento de hospitais privados, a atualização da tabela de pagamentos do SUS e a criação de uma compensação para estados e municípios. Essas três propostas já começaram a ser discutidas entre o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF).
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Para Cristiane Gerardo, dirigente regional do Sindsprev/RJ, contudo, essas discussões só vão avançar se as mobilizações da enfermagem forem ampliadas em todo o país.
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“Vivemos um momento decisivo sob todos os aspectos, e que ninguém se engane. Foram as nossas mobilizações, iniciadas logo após a primeira decisão do STF suspendendo o piso salarial, no dia 4/9, que forçaram o Congresso a buscar alternativas de custeio. Não podemos parar agora. Se demonstrarmos fraqueza ou falta de ímpeto nas mobilizações, aí é que o Congresso e os governos não vão fazer nada. Por isso é tão fundamental que todos estejam presentes às mobilizações e atos da paralisação nacional na próxima quarta-feira [21]”, frisou.
No último dia 14/9, profissionais da enfermagem da rede federal do Rio fizeram grande ato público unificado, na entrada principal do Hospital dos Servidores do Estado (HFSE). Também houve manifestações em hospitais privados, convocadas por conselhos profissionais da enfermagem.