Greves, bloqueios de rodovias importantes e protestos de rua marcaram, em todo o país a Greve Geral convocada pelas centrais sindicais contra as reformas trabalhista e da Previdência e pela saída do presidente Temer, nesta sexta-feira (30/6). No Rio de Janeiro, uma manifestação de servidores da saúde federal, a maior parte do Hospital dos Servidores (HFSE), em frente à unidade, marcou a participação da categoria neste dia. O protesto bloqueou durante toda a manhã o trânsito na Avenida Venezuela, próximo à Zona Portuária. Para mais tarde estava prevista uma passeata a partir da Candelária.Ainda no Rio, diversas categorias aderiram ao chamado da greve, entre elas, petroleiros, bancários, trabalhadores do setor elétrico, da Casa da Moeda, da Companhia Docas, dos Correios, servidores das universidades federais, do Colégio Pedro II, de outras escolas públicas e também do setor privado. Além das paralisações, houve um grande piquete, um cordão enorme de trabalhadores e estudantes, no acesso às Barcas em Niterói, que impediu o funcionamento do serviço por toda a manhã.
Bloqueios também fecharam o trânsito em várias rodovias importantes, como a Ponte Rio-Niterói, Avenida Brasil e Linha Vermelha. Aeroviários interromperam o acesso aos aeroportos Tom Jobim e Santos Dumont, durante toda a madrugada e pela manhã. Inúmeras manifestações aconteceram durante todo o dia em todo o estado do Rio de Janeiro.
Profissionais da rede de educação pública e privada fizeram um ato no Largo do Machado que interrompeu o trânsito nas ruas adjacentes.
Servidores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), fizeram um ato, com aulas ao ar livre, em frente ao Palácio Guanabara, para protestar contas as reformas e exigir a saída de Temer e Pezão. Trabalhadores do setor elétrico fizeram um grande ato em frente ao prédio da Eletrobrás, na esquina da Avenida Rio Branco, com Presidente Vargas.
Em todo o país as paralisações se repetiram em inúmeras categorias. E também protestos e bloqueios de rodovias, portos e aeroportos.
Milhares pararam contra Temer e suas reformas.
O ato da saúde
No ato unificado da saúde federal, além dos servidores do HFSE estiveram presentes funcionários dos hospitais da Lagoa, Cardiologia de Laranjeiras e do Into, além de dirigentes do Sindsprev/RJ, da Frente Nacional em Defesa do SUS, do Comando de Mobilização dos Servidores da Saúde Federal, do Sindicato dos Enfermeiros, da CSP-Conlutas, da CTB e da CUT.
O diretor do Sindsprev/RJ, Luiz Henrique Santos, ressaltou a importância do protesto nacional contra as reformas e o desmonte que atinge agora de forma mais agressiva a rede federal do Rio de Janeiro. “A política do ministro da saúde, Ricardo Barros e do presidente Temer é a de desmontar os hospitais federais para justificar a sua privatização. Não vamos admitir que isto aconteça”, afirmou durante a manifestação. Lúcia Pádua, do Comando de Mobilização, frisou que a privatização é para beneficiar grupos privados, e, para a sua preparação foi contratado o Hospital Sírio e Libanês. “Nossa única saída é unificar a luta dos servidores das unidades federais para resistir ao projeto de Temer e dos planos de saúde a quem ele e Ricardo Barros servem”, afirmou.
Faixas e cartazes denunciavam o projeto de privatização da saúde federal. Palavras de ordem repudiavam a reforma da Previdência: “Ô Michel Temer, você vai ver, nós não vamos trabalhar até morrer” e a reforma trabalhista. E mandaram um recado de que o povo não quer mais Temer e quer eleger seu sucessor: “Ô Temer, pode esperar, a sua hora vai chegar” e “Eu já falei, vou repetir, é o povo quem tem que decidir!”