Nesta quinta-feira (15 de outubro), completam-se 33 anos da morte do grande líder panafricano e revolucionário marxista Thomas Isidore Noël Sankara (1949-1987), que durante quatro anos governou a República do Alto Volta (posteriormente rebatizada como Burkina Faso), localizado na África Ocidental. Sankara foi o quinto presidente do país desde a libertação da dominação colonial francesa.
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Assassinado durante um golpe de estado apoiado por países imperialistas como Estados Unidos e França, Thomas Sankara havia realizado um governo de forte cunho nacionalista e voltado aos interesses objetivos do povo de Burkina Faso, período que ficou conhecido como “revolução democrática e popular”. Os principais objetivos de seu governo foram erradicar a corrupção, lutar contra a degradação ambiental, promover o empoderamento das mulheres, aumentar o acesso à educação e a cuidados de saúde, eliminando assim as consequências da dominação colonial francesa.
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Dois bem-sucedidos programas governamentais também foram implementados por Sankara: o programa que reduziu de forma significativa os índices de mortalidade infantil e o programa que aumentou as taxas de alfabetização e frequência escolar em Burkina Faso. Mas não foi só.
No primeiro ano de seu governo, Thomas Sankara promoveu a reforma agrária, cancelou o pagamento da dívida de Burkina Faso com a França, combateu a especulação imobiliária, garantiu que todo habitante do país tivesse acesso a pelo menos duas refeições e dez litros de água por dia, vacinou 2,5 milhões de crianças, erradicando doenças como polio, meningite, febre amarela e sarampo.
Na área ambiental, seu governo plantou 100 milhões de árvores no norte do país, para impedir a desertificação. Também criou um imenso programa de construção de moradias populares.
Em 4 anos de governo Sankara, Burkina Faso já contava com autossuficiência alimentar e têxtil e a taxa de analfabetismo havia caído de 98% para 27%.
Diante de tantos progressos para Burkina Faso e da postura cada vez mais independente de Thomas Sankara, a sabotagem imperialista a seu governo foi cada vez mais intensificada, repetindo um padrão já adotado anteriormente pelos EUA e países europeus no combate a outros governos de corte progressista e socialista, como os de Salvador Allende (Chile), Paz Estenssoro (Bolívia), João Goulart (Brasil) e Patrice Lumumba (Congo), entre vários outros.
Articulados com a oposição interna de direita e extrema direita dentro de Burkina Faso, os países imperialistas aumentaram cada vez mais as pressões econômicas sobre o governo Sankara, de forma a gerar descontentamento na população e assim fortalecer os setores favoráveis ao golpe. O que foi conseguido em 15 de outubro de 1987, de forma covarde e brutal.
Após o assassinato de Thomas Sankara, o poder passou às mãos do golpista Blaise Compaoré, que desde então desmontou as políticas do governo anterior, retornando Burkina Faso à condição de mero quintal de França e EUA.
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