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quinta-feira, novembro 21, 2024
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Nelson Teich tem que explicar a irresponsável escolha do Hospital de Bonsucesso como ‘referência’ para covid-19

Em visita oficial ao Rio de Janeiro iniciada nesta sexta (8/5), o ministro da saúde, Nelson Teich, estará neste sábado (9/5) no Hospital de Bonsucesso (HFB), uma das mais importantes unidades federais do estado.

Nelson Teich deveria aproveitar a visita ao HFB para explicar por que a Superintendência do Ministério da Saúde no Rio escolheu o Hospital de Bonsucesso como ‘referência’ no tratamento de pacientes de covid-19. Uma escolha irresponsável e desastrada, uma vez que o Hospital de Bonsucesso vem sendo intensamente sucateado e precarizado nos últimos anos, convivendo com uma (já crônica) insuficiência de profissionais, falta de insumos e de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).

A escolha do Hospital de Bonsucesso como ‘referência’ para covid-19 implicou no fechamento ou desativação de 28 clínicas e 250 leitos que funcionavam no prédio 1 da unidade, deixando sem atendimento milhares de pacientes de outras patologias, como renais crônicos, oncológicos, cardíacos e neurológicos, entre outros.

Ao mesmo tempo, dos 170 leitos para covid-19 prometidos pela Superintendência do Ministério da Saúde no Rio e pela direção-geral do HFB, menos de 20% foram efetivamente entregues. Mesmo assim, sem o pessoal necessário para operá-los, o que prova ter sido uma farsa a escolha do Hospital de Bonsucesso como ‘referência’ para covid. Um hospital destruído pela demagogia e pela irresponsabilidade da Superintendência do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro. Leia matéria específica, clicando aqui.

Nelson Teich também deveria aproveitar a estada na cidade para visitar as demais unidades da saúde federal no Rio — como os hospitais Cardoso Fontes, de Ipanema, da Lagoa, dos Servidores e do Andaraí, além dos institutos nacionais de Cardiologia (INC), de Ortopedia (INTO) e do Câncer (INCA) — e constatar in loco a precária situação em que também se encontram. Unidades onde os profissionais de saúde também estão sendo contaminados pela covid-19.

Estimativa da Defensoria Pública da União (DPU) calcula em 10 mil profissionais o déficit de pessoal em todas as unidades do Ministério da Saúde no Rio (6 hospitais e 3 institutos), consequência da falta de concurso públicos e do absoluto descaso com a saúde da população.
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Os contratos de 4 mil profissionais temporários atualmente lotados na unidades federais de saúde, por exemplo, vencem no próximo dia 31 de maio.
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Só após meses de reiteradas solicitações de prorrogação feitas pela Fenasps e Sindsprev/RJ foi que, no último dia 5 de maio, os ministérios da Economia e da Saúde editaram a Portaria Conjunta nº 11.259, que autoriza a contratação por tempo determinado de 4117 profissionais por um prazo inicial de 6 meses, podendo ser prorrogado até 2 anos.

A renovação dos contratos é o mínimo que o governo federal tem de fazer, considerando sobretudo a grave pandemia de covid-19 que assola o país. Somente no Rio de Janeiro, a covid já contaminou 14.156 pessoas, causando 1.394 óbitos até o momento.

Abaixo a irresponsabilidade dos governos com a saúde da população.
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Em defesa do SUS e da vida! Saúde não é mercadoria!

Diretoria Colegiada do Sindsprev/RJ

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