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Nascia, neste dia 15, o líder do movimento contra o racismo nos EUA, Martin Luther King

Nascia há 92 anos, o líder da luta contra o racismo Martin Luther King Jr., em Atlanta, em 15 de janeiro de 1929. Ativista político, reivindicava o fim da segregação racial, das perseguições e morte do povo negro nos Estados Unidos, salários dignos e postos de trabalho.
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Além disso, defendeu os direitos das mulheres e foi contra a Guerra do Vietnã. Foi assassinado a tiros em 4 de abril de 1968, em Memphis, quando se preparava para mais uma marcha civil.

Leia a biografia do líder negro feita pela professora Juliana Bezerra.

Martin Luther King

Por Juliana Bezerra
Professora de História

Martin Luther King Jr. (1929-1968) foi um pastor batista e um dos principais líderes negros na luta contra a discriminação racial nos Estados Unidos.
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Ativista político, Martin reivindicava salários dignos e mais postos de trabalho para a população negra. Além disso, defendeu os direitos das mulheres e foi contra a Guerra do Vietnã.

Biografia de Martin Luther King

Martin Luther King Jr. nasceu em Atlanta, no dia 15 de janeiro de 1929. Tanto seu avô como seu pai eram pastores da igreja batista, e Martin resolveu seguir por este caminho.

Formado em sociologia na “Morehouse College”, em 1948, Martin Luther King continuou seus estudos no Seminário Teológico Crozer, em 1951. Posteriormente, em 1955, fez doutorado em Teologia Sistemática pela Universidade de Boston. Ali, conheceria sua futura esposa, Coretta Scott King, com quem teria quatro filhos.

Viveu durante sua infância e adolescência a política segregacionista que imperava no estado de Atlanta. Por isso, desde o início de sua carreira, King foi um ativista dentro do movimento negro que lutava pela igualdade civil entre negros e brancos.
Após seus estudos teológicos, King serviu como pastor numa igreja em Montgomery, no estado de Alabama. Integrou a “Associação Nacional para o Progresso das Pessoas de Cor” (NAACP, na sigla em inglês).

King foi um dos líderes, em 1955, do boicote aos ônibus da cidade de Montgomery. O ato de protesto começou em função do caso Rosa Parks, mulher negra que foi presa ao negar-se a ceder seu lugar a um homem branco no ônibus.

O boicote durou 382 dias e foi vitorioso, quando a Suprema Corte Americana declarou ilegal a discriminação racial em transportes públicos. Entretanto, durante este tempo, King foi preso, sua casa bombardeada e sofreu diversos atentados.
Ademais, Martin foi um dos fundadores da “Conferência da Liderança Cristã do Sul” (SCLC, na sigla em inglês), de 1957, sendo seu primeiro Presidente. A princípio, a CLCS era integrada por comunidades negras ligadas às igrejas batistas, e King a liderou até sua morte.

Morte de Martin Luther King

Martin Luther King Jr. foi morto no dia 4 de abril de 1968, em Memphis, quando se preparava para mais uma marcha civil.
Ainda permanece a dúvida sobre a real autoria deste crime, posto que King era odiado por grupos racistas espalhados pelo Sul dos Estados Unidos.

Homenagens Póstumas a Martin Luther King

Martin foi homenageado postumamente com a “Medalha Presidencial da Liberdade” em 1977 e a “Medalha de Ouro” do Congresso americano, em 2004.
Além disso, em 1986, foi estabelecido o Dia de Martin Luther King Jr.
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como feriado federal dos Estados Unidos.

Luther King e a estratégia de não-violência

Sua estratégia de luta era o método da não-violência e a pregação de amor ao próximo, inspiradas nas ideias cristãs. Igualmente, praticava a desobediência civil utilizada por Mahatma Gandhi durante a independência da Índia.
Ao optar pela revolução pacífica, Luther King provocou a ira das autoridades e grupos racistas como a Ku Klux Klan, que atacavam com violência seus partidários e o próprio King.

Também encontrou resistência entre outros grupos de ativistas negros que usavam métodos e/ou discursos violentos como os “Panteras Negras” e o muçulmano Malcon-X.

Discurso: Eu Tenho um Sonho

Martin Luther King Jr. saúda a multidão durante a Marcha sobre Washington
A manifestação civil mais importante promovida por King foi a “Marcha sobre Washington”, em 1963, que reuniu 250 mil pessoas. Além disso, ali estavam personagens como Rosa Parks e a artista Josephine Baker.

Neste momento fez o célebre discurso “Eu tenho um sonho” (I Have a Dream):
Digo-lhes, hoje, meus amigos, que apesar das dificuldades e frustrações do momento, ainda tenho um sonho. É um sonho profundamente enraizado no sonho americano.
Tenho um sonho que um dia esta nação levantar-se-á e viverá o verdadeiro significado da sua crença: “Consideramos estas verdades como evidentes por si mesmas, que todos os homens são criados iguais”.

Tenho um sonho que um dia nas montanhas rubras da Geórgia os filhos de antigos escravos e os filhos de antigos proprietários de escravos poderão sentar-se à mesa da fraternidade.

Tenho um sonho que um dia o estado do Mississípi, um estado deserto, sufocado pelo calor da injustiça e da opressão, será transformado num oásis de liberdade e justiça.
Tenho um sonho que meus quatro pequenos filhos viverão um dia numa nação onde não serão julgados pela cor da sua pele, mas pela qualidade do seu carácter.
Tenho um sonho, hoje.
Tenho um sonho que um dia o estado de Alabama, com os seus racistas malignos, cujos lábios do governador atualmente pronunciam palavras de recusa, seja transformado numa condição onde pequenos rapazes negros, e moças negras, possam dar-se as mãos com outros pequenos rapazes brancos, e moças brancas, caminhando juntos, lado a lado, como irmãos e irmãs.

Frases de Martin Luther King

O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons.
No final, não nos lembraremos das palavras dos nossos inimigos, mas do silêncio dos nossos amigos.

Se um homem não descobriu nada pelo qual morreria, não está pronto para viver.

Quem aceita o mal sem protestar, coopera com ele.

Aprendemos a voar como pássaros e a nadar como peixes, mas não aprendermos a conviver como irmãos.

Curiosidades sobre Martin Luther King

Seu nome legal ao nascer era “Michael King”.

Martin foi o homem mais jovem a receber o “Prêmio Nobel da Paz”, em 1964.

Foi detido 20 vezes e atacado outras 4, sempre por ter denunciado alguma injustiça contra afrodescendentes.

James Earl Ray, suposto assassino de Martin Luther King Jr, confessou o crime, mas, logo depois, repudiou sua confissão.

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