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sábado, novembro 23, 2024
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Não houve avanço na audiência com Nísia Trindade

O resultado da audiência de quarta-feira (8/5), em Brasília, com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, frustrou a expectativa dos dirigentes do Sindsprev/RJ e dos servidores da rede de saúde federal, que esperavam ao menos uma sinalização positiva em relação aos itens da pauta de reivindicações da categoria. Entre estes pontos estão o cumprimento do acordo de greve de 2023, o não fatiamento e privatização dos hospitais, o pagamento integral do piso da Enfermagem na sua integralidade, o reenquadramento dos auxiliares como técnicos e o pagamento da insalubridade em grau máximo.

O deputado federal Lindberg Farias (PT-RJ) esteve na reunião e ajudou a intermediar a audiência com a ministra. Participaram pelo Sindsprev/RJ os diretores Sidney Castro e Christiane Gerardo e servidores da rede. “O governo recebeu nosso documento com todas as reivindicações e não resolveu nenhuma delas, mesmo sabendo que temos uma greve marcada para a próxima quarta-feira (15/5). Uma greve que vai acontecer porque o governo não procurou resolver o básico que era dizer que vai cumprir pelo menos o acordo de greve de 2023”, afirmou Sidney Castro.

Nísia ouviu atentamente os dirigentes sobre as reivindicações pautadas, mas não respondeu a nenhuma delas, explicando que para uma resposta dependeria de outros ministérios, como o da Gestão e Inovação. E, no caso da transferência para a carreira de Ciência e Tecnologia, também do titular da Pasta.

Sobre a reivindicação de não fatiamento e privatização, Nìsia disse que a rede vai funcionar de forma articulada, com estado e municípios, com a participação também da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) e do grupo Nossa Senhora da Conceição, mas que o ministério não abriria mão da gestão. “A ministra ouviu toda a pauta, mas se limitou a dizer que dependia de outros ministérios para respondê-la”, lamentou Christiane Gerardo.

Nisia ouviu atentamente às reivindicações, mas disse depender de outros ministérios para responder. Foto: Mayara Alves.

Greve

Sidney frisou que os sindicatos e servidores já deixaram claro que não concordam com o fatiamento, ainda mais que a precariedade das redes estadual e municipal mostram que este plano do governo só vai piorar a situação dos hospitais federais. “O problema é a falta de verbas, de concurso; se o governo resolver isto, as unidades federais vão funcionar bem, passando a atender a população de forma digna e eficiente, valorizando os servidores”, argumentou Sidney.

Dirigentes do Sindsprev/RJ conversaram com assessores do MS sobre a pauta de reivindicações. Foto: Mayara Alves.

O dirigente afirmou que o governo mostrou má vontade em resolver todas as pendências. “É preciso frisar que a greve por tempo indeterminado vai acontecer por responsabilidade do governo que não atende aos profissionais de saúde. Outra reivindicação não atendida é o índice de reposição das perdas salariais. “O governo insiste no reajuste zero, mesmo tendo concedido correção este ano para outros setores, como a polícia federal”, lembrou.

Para saber mais informações sobre a greve, clique aqui.

Veja algumas das reivindicações

Suspensão do processo de fatiamento da rede

Reajuste salarial linear este ano

Transferência para a carreira da Ciência e Tecnologia

Cumprimento dos acordos de greve de 2015 e 2023

Prorrogação dos contratos temporários até novo concurso

Pagamento integral do piso da Enfermagem

Pagamento da insalubridade em grau máximo

Concurso público para contratação pelo Regime Jurídico Único (RJU)

Reenquadramento dos auxiliares de Enfermagem como técnicos

Manutenção de todos os contratos temporários até a realização de novo concurso

Fim do desmonte da rede com a retomada dos investimentos no setor, garantindo a valorização dos servidores e o atendimento digno à população

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