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quinta-feira, setembro 19, 2024
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Na Gerência Petrópolis, servidores do INSS reafirmam importância da greve e defesa da previdência pública

Servidores do INSS lotados na Gerência Executiva de Petrópolis realizaram, na manhã desta quarta-feira (11/9), um ato unificado para reafirmar a continuidade da greve e convidar os segurados do Instituto a apoiarem a paralisação nacional iniciada em 16 de julho deste ano. Postados em frente à Agência de Previdência Social (APS) de Petrópolis — na rua Dr. Joaquim Moreira, s/nº – Centro —, os trabalhadores protestaram contra a falta de uma resposta concreta do governo Lula (PT) que atenda às reivindicações da categoria, como reajuste salarial linear, cumprimento dos itens pendentes do acordo de greve de 2022, implementação da carreira típica de estado (finalística), melhoria das condições de trabalho, concurso público e exigência de nível superior como pré-requisito nos concursos para técnico do seguro social.

Ato foi marcado por críticas à postura do governo Lula (PT), que ainda não atendeu à pauta dos servidores do INSS. Foto: Mayara Alves.

“Não podemos permitir que a previdência pública seja entregue aos bancos privados e ao capital financeiro e para isto temos que entender que esta luta é de todos. Os servidores reivindicam uma carreira estruturada, com pessoas qualificadas e equipamentos de primeira linha, com sistemas que funcionem e permitam o fluxo de dados, garantindo atendimento qualificado aos segurados. Infelizmente, hoje temos equipamentos sucateados, agências esvaziadas e atendimento virtual no qual a população encontra grande dificuldade para conseguir acessar os serviços oferecidos pelo INSS. Hoje nos manifestamos para mostrar que temos de defender juntos a previdência pública, um patrimônio dos trabalhadores”, afirmou Paulo Américo Machado, dirigente do Sindsprev/RJ.

Servidor lotado há 17 anos na Gerência Executiva de Petrópolis, Bruno Melo reforçou o chamado à mobilização e à continuidade da greve. “Fazemos este ato em defesa da previdência social, uma instituição carregada por todos os servidores que fazem seu trabalho para garantir o reconhecimento dos benefícios a que a população brasileira tem direito. Estamos em greve desde o dia 16 de julho e o governo tem tentado judicializar a nossa greve. Depois disso, tivemos corte de salário, mas ainda assim os servidores continuaram na luta. A previdência social paga atualmente 40 milhões de benefícios, o que chega a 1 trilhão de reais por ano, dinheiro que volta para a economia brasileira e que é de suma importância. A população tem que entender a importância do INSS”, disse.

Servidores e servidoras do INSS reafirmaram continuidade da greve e a defesa da previdência pública. Foto: Mayara Alves.

Dirigente do Sindsprev/RJ e da Fenasps (federação nacional), Pedro Lima criticou a postura do governo Lula (PT). “Não adianta o governo dizer que a greve acabou, quando sabemos que isto não é verdade. Entidades pelegas, como a CNTSS, assinaram um acordo em separado com o governo, na calada da noite, mas quem decide sobre a greve são os trabalhadores. A nossa luta é por melhorias e condições de trabalho que hoje não existem no INSS. Também lutamos para que a população tenha atendimento digno e dizer que não sairemos da greve enquanto não houver uma solução para todos os trabalhadores e a população brasileira”, frisou.

“Queremos reposição salarial e melhores condições de trabalho, para que possamos continuar prestando um serviço de utilidade pública que deveria ser considerado atividade essencial. Para a imprensa empresarial, infelizmente, a previdência pública é considerada dispensável ou como algo que pode ser substituída por previdência privada, como a do Bradesco ou do Itaú. Mas a previdência pública é essencial e vamos defendê-la”, afirmou Jorge Valeriano, servidor aposentado do INSS.

Após o ato em frente à APS Petrópolis, os servidores fizeram uma rápida assembleia de avaliação no auditório da Gerência Executiva. Aos trabalhadores, sobretudo os novos concursados, dirigentes do Sindsprev/RJ apresentaram um breve histórico do sindicato e do papel desempenhado pela entidade nas mobilizações da categoria. A assembleia avaliou como positiva a realização do ato desta quarta-feira (11/9).

Assembleia no auditório da Gerência Petrópolis avaliou como positivo o ato realizado nesta quarta (11/9). Foto: Mayara Alves.

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