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quinta-feira, novembro 21, 2024
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Ministro da Educação confirma viés discriminatório do governo Bolsonaro contra portadores de deficiência

“Quando um aluno com deficiência é incluído em salas de aula comuns, ele não aprende e ainda ‘atrapalha’ a aprendizagem dos colegas”. Esta inacreditável e repugnante declaração foi proferida dia 9 de agosto pelo ministro da Educação, Milton Ribeiro, durante entrevista à TV Brasil. Na ocasião, Ribeiro também afirmou que o acesso às universidades “deveria ser para poucos”. Dia 23/8, em nova entrevista a uma rádio, Milton Ribeiro voltou a defender a discriminação contra deficientes, quando disse: “nós não queremos o inclusivismo”.

As inaceitáveis falas do ministro da Educação tiveram péssima acolhida, no Brasil e no exterior, e confirmaram o viés profundamente preconceituoso e discriminatório do atual governo, que tudo tem feito para destruir os serviços públicos essenciais, em todas as áreas.

Um exemplo dessa nefasta política foi o que aconteceu em março deste ano, quando a TV Ines, única emissora do Brasil voltada para surdos, saiu do ar por falta de verbas.

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A emissora era transmitida por satélite e redes sociais.

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O Ministério da Educação suspendeu os repasses para o Ines (Instituto Nacional de Educação de Surdos), uma instituição federal ligada ao ministério. A TV Ines era administrada pela Acerp (Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto), sendo referência para cerca de 10 milhões de brasileiros com problemas auditivos. A programação da TV Ines era exibida 100% em Libras (Língua Brasileira de Sinais), com tradutores 24 horas por dia.

Não supreende, portanto, a postura discriminatória de Milton Ribeiro em relação aos brasileiros portadores de algum tipo de deficiência física, como também não surpreende a declaração de Ribeiro defendendo universidade para poucos. Segundo denúncia feita em maio deste ano pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), o orçamento de 2021 para as universidades públicas está sendo 18,16% menor que o do ano passado.

“O atual governo está pouco se importando se os brasileiros portadores de deficiência serão excluídos ou ficarão sem atendimento por parte do Estado. É um governo que está destruindo a educação e a assistência social em níveis sem precedentes. O mesmo governo que sucateou a rede federal de saúde, deixando milhares de pacientes na mais absoluta desassistência. Esse governo é inaceitável sob todos os pontos de vista, por sua política discriminatória e seu profundo ódio aos trabalhadores brasileiros”, afirmou Osvaldo Mendes, dirigente da Secretaria de Gênero, Raça e Etnia do Sindsprev/RJ.

Um estudo feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que faz parte da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), traçou um perfil e o panorama dos brasileiros com deficiência hoje no país.

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O levantamento, feito há dois anos, conclui que há cerca de 17,3 milhões de pessoas (8,4% do total) com pelo menos um tipo de limitação relacionada às suas funções. Os dados expõem o abismo que existe entre a presença destes brasileiros nas escolas, faculdades e no mercado de trabalho em relação àqueles sem nenhum tipo de deficiência: 67,6% dessas pessoas não possuem instrução ou mesmo concluíram o Ensino Fundamental, contra 30,9% daqueles sem deficiência.

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