Os servidores do INSS do Rio de Janeiro farão um protesto na próxima terça-feira, pela manhã, em frente ao prédio da Superintendência Rio, na Pedro Lessa, 36. A decisão foi tomada nesta terça-feira, em reunião do Comando Estadual. O objetivo é aumentar a pressão para que as negociações avancem. Na reunião foi eleito o servidor Bruno Melo como representante fluminense no Comando Nacional de Greve, na semana de 25 a 29 de abril. Os representantes são eleitos semanalmente.
Bruno avaliou que a força da greve que se amplia no estado e em todo o país forçou a diretoria do INSS a negociar. “Mas a proposta apresentada está muito longe de atender às reivindicações do funcionalismo, a começar pelo índice de reajuste, de 5%, que sequer chega a 1/3 dos 19,99% que reporiam apenas parcialmente as perdas causadas pela inflação, que chegam a mais de 26% segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos)”, disse.
O servidor avaliou, no entanto, que apesar de insuficiente, o fato da gestão do INSS ter finalmente negociado e apresentado uma proposta mostrou a força da greve. “As negociações vão continuar, mas para que avancem é preciso ampliar ainda mais a adesão e realizar protestos, como vem sendo feito em várias cidades, como em Campos, e assembleias e reuniões nas agências, como as de Niterói, Macaé, Petrópolis, Resende e Gerências como as de Petrópolis e Norte Fluminense, entre outras”, avaliou.
Comentou sobre a ameaça de corte de ponto, incluída na proposta de forma tática pela direção do INSS. Lembrou que o parecer do departamento jurídico da Federação Nacional (Fenasps) é de que a greve é legal, não cabendo o desconto, ainda mais em pleno processo de negociação.
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O Comando Nacional de Greve (CNG) da Fenaps, em reunião extraordinária com a Assessoria Jurídica Nacional (AJN), analisou as questões da legalidade da greve. Os assessores avaliam que a paralisação dos servidores do INSS, da Saúde e do Trabalho é legal. Não há nenhuma determinação do judiciário que tenha decidido pela ilegalidade. Nesta semana, a assessoria tomará as medidas judiciais cabíveis em relação a um possível corte. As orientações e medidas tomadas serão devidamente informadas para os Comandos de Greve dos Estados.
Pedro Lessa e ocupação em São Paulo
Bruno acrescentou que o ato da Pedro Lessa segue o objetivo de aumentar a pressão sobre a gestão do INSS por isto se faz necessária a participação massiva do funcionalismo. Fez questão de frisar a importância da ocupação da Superintendência de São Paulo que deu mais visibilidade à greve, obrigando a mídia a fazer a cobertura.
“A greve continua crescendo em todo o país, mas é preciso associar à paralisação outros tipos de atividade que, ao mesmo tempo, mobilizem os colegas e deem mais visibilidade à greve e às nossas reivindicações”, disse.
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A ideia é que se repita no ato da Pedro Lessa o mesmo que na ocupação de São Paulo, onde foi servido um café da manhã aos ocupantes. Vale a pena registrar que em São Paulo o café foi enviado por servidores do Maranhão, um exemplo da solidariedade entre os servidores.
Importância da ocupação
É preciso ressaltar que a negociação do INSS somente aconteceu após a ocupação de São Paulo. Nota do Sindsprev/SP ressaltou que o movimento chamou a atenção da mídia, dando visibilidade à luta e à pauta da categoria que, além da reposição salarial de 19,99%, também reivindica concurso público para recompor as 23 mil vagas existentes no Instituto.
A luta também engloba a Carreira de Estado tendo em vista as funções de alta complexidade executadas pelos servidores do INSS e discussão do processo de trabalho para garantir que a análise e reconhecimento de direitos não se tornem uma linha de produção.
Outro ponto da pauta específica é a melhoria das condições de trabalho com renovação do parque tecnológico para que os sistemas deixem de apresentar inconsistências, além de uma internet compatível às necessidades.
Os servidores do INSS reivindicam, ainda, a reabertura das Agências para toda à população, retornando o atendimento das 7h às 17h e que, qualquer pessoa, possa entrar na Agência para solicitar informações e agendamentos, pois os meios digitais – MEU INSS e 135 – excluem uma parcela significativa da população que não tem acesso a telefone e internet.
Apoio dos metroviários
Em assembleia, os trabalhadores do Metrô de São Paulo aprovaram apoio à greve do INSS. Durante o encontro foi estendida uma faixa e em coro os metroviários repetiram: “Todo o apoio à greve do INSS”.