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quinta-feira, novembro 21, 2024
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Servidores do INSS em greve no Rio exigem abertura de negociações com governo

Servidores do INSS em greve no Rio protestaram, na tarde desta quarta-feira (13/4), contra a negativa do governo Bolsonaro em abrir efetivas negociações com a categoria, que luta por reajuste salarial de 19,99%, concurso público, melhoria das condições de trabalho e valorização da carreira do seguro social, entre outras reivindicações.

Realizado em frente à sede da nova Superintendência Regional do INSS no Rio de Janeiro, na rua Pedro Lessa (Centro), o ato foi marcado por duras críticas ao desmonte do INSS e da política de previdência pública brasileira. Durante a manifestação, os servidores protocolaram um ofício na Superintendência, no qual o Comando de Greve e o Sindsprev/RJ solicitam apoio à greve e a intervenção junto ao Ministério do Trabalho e Previdência para abertura de mesa de negociação. O documento também repudia recente fala do novo ministro do Trabalho e Previdência, José Carlos Gomes, quando, em reunião com gestores do INSS, defendeu um desumano regime de trabalho para os servidores da autarquia. O número de protocolo do documento (SEI) é 35014.149389/2022-30.

Ato INSS
Servidores do INSS no Rio criticaram sucateamento da autarquia. Foto: Fernando França.

“Continuamos em greve, que é em defesa da nossa carreira do seguro social. É preciso aumentar a greve, unindo forças com outros servidores. A greve é mais do que justa. A situação é tão absurda que o ministro da previdência disse que quer aumentar o número de terceirizados no INSS. Não vamos aceitar”, afirmou o servidor Bruno Mello.

Dirigente do Sindsprev/RJ e também servidor do INSS, Paulo Américo Machado reforçou as críticas à gestão da autarquia. “A nossa greve é para que o governo realize concurso. É uma greve em defesa da previdência social. A atual fila virtual de milhões de pedidos de benefícios represados é por culpa do governo, que não fez concurso para contratar servidores capazes de analisar os pedidos e dar atendimento às demandas dos segurados. Com a proposta de terceirização, essa fila vai aumentar ainda mais porque não será resolvida por meio de canais remotos”, destacou.

Servidor da saúde federal do Rio e dirigente do Sindsprev/RJ, Sidney Castro lembrou a adesão nacional à greve. “Servidores do INSS em mais de 23 estados estão paralisados para exigir seus direitos. Se hoje não há servidores em número suficiente no INSS, a culpa é do governo. Se não houver mais concurso, será o fim dos serviços públicos. Esse problema também acontece na saúde federal, onde a falta de concurso público e as demissões de contratados levaram ao fechamento de emergências nos hospitais de Bonsucesso e de Ipanema. Vamos fortalecer a greve do INSS. Todas as conquistas existentes nos nossos contracheques foram resultado de muita luta”, frisou.

“Precisamos construir a greve da seguridade unificada com a do seguro social. Na rede federal de saúde, estamos percorrendo as unidades para mobilizar os servidores com vista à construção da greve na saúde. Se construirmos um calendário unificado de greve e mobilizações, teremos ainda mais força para realizar ações massivas e pressionar o governo para obrigá-lo a realizar concurso. Chega de precarização. Trago aqui a saudação dos servidores da rede federal à greve do INSS”, completou Cristiane Gerardo, servidora do Hospital Federal Cardoso Fontes e dirigente do Sindsprev/RJ.

Assista ao vídeo sobre a assembleia que deflagrou a greve no Rio, clicando abaixo

 

Assembleia do INSS

 

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