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quinta-feira, novembro 21, 2024
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Inflação em alta desmente fala de Bolsonaro sobre suposta “melhora” da economia brasileira

A inflação continua sendo uma realidade cada vez mais cruel e presente na vida de milhões de trabalhadores brasileiros. Realidade que desmente as afirmações de Bolsonaro durante entrevista ao Jornal Nacional (JN) da TV Globo, na última segunda-feira (22/8), quando Bolsonaro disse que os números da economia brasileira são “fantásticos”. O atual presidente também afirmou que o Brasil estaria vivendo um período de “deflação, fenômeno que ocorre quando há uma redução geral de preços na economia.

Ao contrário do que disse Bolsonaro, no entanto, pesquisa do IBGE mostra que vários itens importantes na cesta de consumo acumulam fortes altas nos últimos 12 meses. Do total de 368 produtos e serviços pesquisados, 135 itens (36,7%) subiram acima de 10% no período. Principal vilão da inflação, o leite, por exemplo, subiu 14,21% em agosto, acumulando alta de quase 80% (79,79%). A cebola subiu 56,57%. O feijão carioca, 33,99%. A farinha de trigo, 28,88%.

Pobreza extrema aumentou em todo o país: veja aqui.

Quando qualificou de “fantásticos” os números da economia brasileira e afirmou que o Brasil estaria numa deflação, Bolsonaro baseou-se em recente queda — de apenas 0,73% — da inflação medida pelo IBGE entre os dias 15 de julho e 15 de agosto. Esta desaceleração momentânea dos aumentos de preços ocorrida nos últimos 30 dias, no entanto, não muda em nada o quadro geral de alta da inflação em todo o país. Dos produtos pesquisados pelo IBGE nos últimos 30 dias, por exemplo, 25 subiram acima de 3% em um único mês. Além do leite (14,21%), integram a lista manteiga (5,02%), batata-doce (5,19%) e frango em pedaços (3,08%). Além de alimentos, a inflação não dá tréguas em itens de higiene e limpeza, como o sabonete, que subiu mais de 20% em um ano.

Voltada para beneficiar bancos, agronegócio, madeireiras e outros grandes grupos do país e do exterior, a política econômica do governo Bolsonaro concentrou a renda e tornou ainda mais difícil a vida da população. O número de pessoas em situação de pobreza já supera 20 milhões de brasileiros. Os dados são resultado da pesquisa Desigualdade nas Metrópoles, feita desde 2012 pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), pelo Observatório das Metrópoles e pela Rede de Observatórios da Dívida Social na América Latina (RedODSAL). O crescimento da pobreza é o maior em uma década, um dado alarmante que mostra as consequências da política econômica desastrosa do atual governo, onde a inflação é mais um fator a piorar as condições de vida dos trabalhadores.

 

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