Ocorrido dia 23/3, um incêndio no 7º andar do prédio da Superintendência Regional Sudeste III do INSS (SR-III) — na rua Pedro Lessa, 36 – Centro — causou grande apreensão entre os servidores ali lotados. Prontamente debelado, o incêndio contudo provocou a interdição de todo o 7º andar e serviu para lembrar o quanto o prédio da rua Pedro Lessa 36 está há muitos anos com instalações precárias, necessitando de reformas urgentes.
Nos dias imediatamente posteriores ao incêndio, servidores lotados na Superintendência enviaram ao Sindsprev/RJ mensagens relatando a precariedade das instalações. Segundo os trabalhadores, há falhas no fornecimento de água aos andares, consequência de problemas no bombeamento, e o prédio também não teria brigada de incêndio. Eles relataram ainda que, no 5º andar, não há banheiro feminino e outro banheiro no mesmo andar está interditado. Sobre os elevadores, os servidores dizem que constantemente estão enguiçados.
Após ser contactado pela reportagem do Sindsprev/RJ, o atual titular da Superintendência Regional Sudeste III do INSS, Marcos Fernandes, respondeu aos questionamentos dos servidores. Após reconhecer o quadro geral de precariedades do prédio da SR-III, ele informou que o problema no fornecimento de água já começou a ser resolvido com um processo para a compra de outra bomba, que funcionará alternadamente com a única bomba em uso no momento. Em relação à brigada de incêndio, Marcos Fernandes disse que a mesma será renovada em breve. Sobre as interdições de banheiros no 5º andar e em outras áreas do prédio, o superintendente disse que deverão ser sanadas no âmbito de uma necessária reforma geral de todo o imóvel, incluindo as partes elétrica e hidráulica, o que demandará autorização de instâncias superiores do INSS e do governo para realização de obras, como é o procedimento-padrão adotado em todo o serviço público brasileiro.
Marcos Fernandes disse ainda que o 7º andar do prédio, onde ocorreu o incêndio, já foi periciado pela Polícia Civil do Rio, devendo o laudo técnico sobre as causas ficar pronto em breve. Ele também informou que a situação já foi avaliada pelo quadro de engenheiros do INSS. Uma de suas propostas, inclusive, é a organização de um mutirão de profissionais de engenharia do instituto, para promover uma inspeção geral no prédio.
Em contato com dirigentes do Sindsprev/RJ logo após o incêndio, o atual presidente do INSS, Glauco Wanburg, manifestou o compromisso de obter as verbas necessárias para a melhoria geral do prédio e, consequentemente, da condição de trabalho dos servidores.
A precariedade geral de instalações físicas é um problema que há muito tempo vem afetando grande parte dos imóveis do INSS em todo o Brasil, onde a infraestrutura da autarquia foi negligenciada sobretudo durante o último governo. Além de instalações inadequadas e necessitando de reformas, o INSS convive com sistemas de internet insuficientes para suas necessidades de funcionamento. Outro problema, já crônico, tem sido o insuficiente número de servidores, consequência da suspensão de concursos públicos.