A greve dos trabalhadores e trabalhadoras do INSS completou 85 dias nesta terça-feira, 8 de outubro, sem que o governo patronal de Lula (PT) efetivamente contemple as pautas dos servidores da autarquia, como reajuste salarial linear ainda em 2024, concurso público, melhoria das condições de trabalho, carreira típica de estado (finalística), exigência de nível superior nos concursos para técnico do seguro social e cumprimento do Acordo de Greve de 2022.
Além de não negociar a pauta requerida pela maioria dos trabalhadores do INSS, o governo patronal de Lula (PT) assinou acordos em separado com duas entidades arquipelegas: a CNTSS e a Condsef. Acordos estes com cláusulas rebaixadas, o que está muito longe de atender aos anseios da maioria dos trabalhadores do INSS.
Governo aposta no esvaziamento da greve
De sua parte, o governo patronal e anti-trabalhador comandado por Lula (PT) aposta no esvaziamento da greve para assim impor as mesmas condições rebaixadas que já constam dos “acordos” assinados com as arquipelegas CNTSS e da Condsef.
A orientação do CNG-Fenasps aos sindicatos filiados é de que realizem atos nas agências, gerências executivas e superintendências regionais do INSS, como forma de sinalizar a insatisfação dos trabalhadores com a postura intransigente do governo Lula (PT).
CNG-Fenasps reforça pedido de apoio a parlamentares
Na última sexta-feira (4/10), o Comando Nacional de Greve (CNG) da Fenasps esteve na Comissão de Legislação Participativa (CLP) da Câmara dos Deputados, em Brasília, onde reiterou pedido de apoio das comissões legislativas junto ao governo federal, visando a reabertura de negociações sobre as pautas dos trabalhadores do INSS.
O CNG-Fenasps também elaborou análise crítica sobre a proposta de acordo enviada pelo Ministério da Previdência no dia 18 de setembro deste ano. A análise foi encaminhada ao governo, que a direcionou à Presidência da República e ao INSS. Até o momento, a Fenasps ainda não recebeu nenhum retorno por parte do governo.