Cinismo, falsas promessas, descaso e irresponsabilidade. A conduta do governo Lula (PT) na gestão dos serviços públicos tem sido absolutamente reprovável. Passados quase um ano e meio desde a posse, em janeiro de 2023, os serviços públicos continuam sucateados e sem qualquer perspectiva de melhorias em curto, médio ou longo prazos.
Na saúde federal, a promessa de concurso público foi parar na cesta de lixo. Enquanto isso, a rede de hospitais sob gestão do Ministério da Saúde continua agonizando. Rede desabastecida, sucateada e com insuficiência crônica de recursos humanos. Rede onde setores inteiros e centenas de leitos foram fechados. Rede onde todos os dias as infraestruturas continuam se deteriorando. Rede onde a fila para exames, consultas e cirurgias é cada vez maior. Rede onde pacientes de doenças graves, como câncer e insuficiência renal, são objetivamente condenados à morte.
O cinismo, o descaso e a irresponsabilidade com que o governo Lula (PT) trata as demandas da rede federal, dos servidores dos hospitais e da população usuária dos serviços públicos de saúde é algo inaceitável sob todos os pontos de vista.
Ao mesmo tempo em que despreza completamente as demandas da população e dos servidores, o atual governo entrega a gestão da rede federal do Rio para setores comprometidos com a privatização, o sucateamento e a mercantilização da saúde. Assim, Lula repete Bolsonaro, igualando-se ao ex-presidente no que há de pior em termos de gestão pública.
Não é à toa que pesquisa Ipec (antigo Ibope) realizada em abril deste ano mostrou avaliação negativa do governo Lula (PT) em vários segmentos de atividade, com destaque para a saúde pública. Para 42% dos entrevistados na pesquisa Ipec, a saúde pública no Brasil é péssima, índice que supera os que consideram a saúde boa (29%) e regular (30%).
No item ‘combate à inflação’, outra reprovação: para 46% dos entrevistados, o combate à inflação é péssimo, o que demonstra profunda insatisfação dos brasileiros com o custo de vida e os preços dos alimentos.
O governo Lula também é reprovado pela população brasileira quando o assunto é segurança pública (42% de péssimo) e combate ao desemprego (39% de péssimo).
Realizada de 4 a 8 de abril, a pesquisa Ipec ouviu brasileiros em 129 cidades.