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sexta-feira, janeiro 31, 2025
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‘Glifosato se acumula no cérebro e pode causar danos permanentes’, afirma recente estudo científico

Pesquisa da Universidade Estadual do Arizona (EUA) e do Instituto de Pesquisa Genômica Translacional (TGen), publicada no início deste mês e recém-divulgada pelo jornal Brasil de Fato, identificou que mesmo a exposição breve ao veneno agrícola glifosato pode resultar em danos cerebrais permanentes. De dimensão internacional, o estudo científico constatou que, após um período de exposição de cerca de 13 semanas, o glifosato permanece no organismo por até seis meses, mesmo que a pessoa contaminada esteja sem nenhum contato com o veneno.

Inflamação cerebral associada ao Alzheimer

Os cientistas que realizaram o estudo identificaram o desenvolvimento de inflamação cerebral associada a doenças neurodegenerativas como o Alzheimer. O estudo constatou ainda que um subproduto do glifosato, o ácido aminometilfosfônico, acumula-se no tecido cerebral. Uma das hipóteses é de que a exposição ao glifosato pode desencadear processos inflamatórios crônicos no cérebro, com potenciais impactos a longo prazo na saúde cognitiva.

Muito utilizado no Brasil, o glifosato já havia sido associado ao surgimento de doenças graves, como o câncer, em outras pesquisas. Atualmente, o glifosato está presente em mais de 100 formulações de agrotóxicos comercializadas em território nacional.

Em 2020, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) impôs algumas restrições ao uso do glifosato em 2020, mas manteve a substância no mercado. A decisão contrasta com a posição da Agência Internacional para Pesquisa em Câncer (Iarc), órgão ligado à Organização Mundial da Saúde (OMS), que classifica o glifosato como “potencialmente carcinogênico para humanos” desde 2015, segundo matéria publicada pelo Brasil de Fato.

Seminário do MPT debateu uso de agrotóxicos no Brasil

Cada vez mais, o tema dos agrotóxicos vem ganhando protagonismo no Brasil, devido a seu uso generalizado e às consequências para a saúde. No último dia 3/12, o Ministério Público do Trabalho (MPT) promoveu, na Procuradoria-Geral do Trabalho (PGT), em Brasília, um seminário para debater questões relacionadas ao uso de agrotóxicos no país. A data foi escolhida por ser o Dia Mundial de Luta Contra os Agrotóxicos, alusão ao acidente ocorrido em uma fábrica de Agrotóxicos em Bhopal, Índia (1983), que resultou na morte de milhares de pessoas.

O objetivo do evento foi expandir e aprimorar a atuação das instâncias, instituições e órgãos parceiros no combate aos impactos dos agrotóxicos.

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