O presidente interino do INSS, Glauco Wanburg, confirmou, na manhã desta segunda-feira (3/7), sua saída da Presidência do Instituto, em contato com a Secretaria de Imprensa do Sindsprev/RJ. “Na última quarta-feira o Ministro e eu acordamos a minha saída da Presidência. A publicação deve sair a qualquer momento”, afirmou.

Glauco disse não saber o motivo. “Foi uma decisão do ministro. Não saberia lhe dizer ao certo.

Para mim, ele disse que precisaria realizar a substituição e me agradeceu o trabalho até aqui. Fiz o mesmo, disse-lhe que, como servidor, me senti muito honrado por poder colaborar com a autarquia à frente da Presidência neste período”, resumiu.

Sucessor

Acrescentou não saber o nome do seu sucessor no cargo. “Não tenho essa informação. Mas sei que, por enquanto, o procurador Alessandro Steffanutto atuará como substituto da Presidência”. Sobre a matéria do jornal O Fluminense, informando que o novo presidente do INSS seria o ex-prefeito de Niterói, Rodrigo Neves (PDT), Glauco não soube confirmar. “Não tenho essa informação”, disse, repetindo que o substituto, por enquanto, será Steffanutto.

Prioridade é acabar com as filas

Questionado pela Imprensa do Sindsprev/RJ sobre o principal problema hoje enfrentado pelo INSS, e que deveria ser a prioridade do seu sucessor, Glauco Wanburg não teve qualquer dúvida. “Nosso principal desafio são as filas. Começamos uma estratégia para administrá-las, se seguirem vai dar certo”, disse.

E acrescentou: “A falta de servidores e as adequações ao nosso modelo de atendimento são dificuldades que começamos a trabalhar, ainda há muito para ser feito. A Medida Provisória do bônus está pronta e no forno, isso também é um tema de grande relevância”.

Em reunião com o Sindsprev/RJ, no Rio de Janeiro, no último dia 19 de junho, o presidente do INSS informou que pretendia obter orçamento para chamar até 2.400 aprovados no decorrer da validade do concurso e antes do término de contrato com a empresa que o realizou.

E confirmou o andamento dos processos quanto a recomposição do vencimento básico, do adicional de qualificação e da carreira típica do Estado.

Glauco é advogado e funcionário do INSS desde 2007. É mestre e doutorando em Direito pela UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro). Já atuou como presidente e conselheiro do governo na 10ª Junta de Recursos do Conselho de Recursos do Seguro Social, de 2013 a 2017. Disse que deverá voltar a ocupar o cargo.

O novo nome

No Rio de Janeiro, o jornal O Fluminense, de Niterói, fez uma extensa matéria na qual diz que a causa da saída de Glauco não seriam divergências com o ministro (Lupi), mas com pessoas do segundo escalão do Ministério da Previdência, e que a intenção do pedetista seria colocar na Presidência do Instituto, um correligionário seu.

“Diferente do que vem sendo ventilado nos últimos dias, a saída de Glauco Wamburg da presidência do INSS pode ter relação com a intenção do Ministro Carlos Lupi (presidente afastado do PDT) de nomear Rodrigo Neves (ex-prefeito de Niterói e atual secretário-executivo do município na gestão Axel Grael) em seu lugar”.

Segundo o jornal, a queda do presidente INSS ocorreria em razão de divergências internas com a chefia de gabinete do ministro, ocupada por Marcelo Panela (amigo de Lupi há muitos anos, cujo nome já foi envolvido em escândalos de extorsão e corrupção quando integrante da equipe do Ministério doTrabalho (entre 3/6/2007e 4/8/2011).