A exemplo do que ocorre no Banco do Brasil, na Petrobrás e em outras estatais, os trabalhadores da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) também lutam contra a privatização da empresa, que o governo Bolsonaro quer realizar ainda em 2021.
Na semana passada, em repúdio à privatização, os funcionários da EBC realizaram um protesto virtual. Eles também divulgaram documento produzido pela ‘Frente em Defesa da EBC e da Comunicação Pública’, assinado por dezenas de entidades da sociedade civil e pelos próprios funcionários da empresa.
No texto, os signatários afirmam que a decisão do Ministério das Comunicações de inserir a estatal no Plano Nacional de Desestatização “parece ser uma resposta a setores da imprensa ligados ao sistema financeiro, reproduzindo a lógica de dependência dos mercados da própria comunicação privada.”
Os funcionários lembram que a existência da EBC está prevista no artigo 223 da Constituição Federal, e que a lei que criou a estatal (11.652/2008) regulamenta a diretriz.
Segundo frisa o documento, a comunicação pública é uma realidade na grande maioria dos países do mundo, a exemplo da BBC no Reino Unido e da RTP em Portugal.
O texto também destaca que é necessário restabelecer informações contra uma campanha de ataque por parte do governo federal, que esconde a relevância social da empresa.