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sábado, novembro 23, 2024
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Fórum dos federais vai definir próximos passos da Campanha Unificada

Avaliação dos atos do dia 18 último que marcaram um mês sem resposta do governo Bolsonaro à pauta de reivindicações da Campanha Nacional Unificada dos Servidores; convocar a categoria para uma plenária virtual de mobilização no dia 23; e definir mobilizações e assembleias que acontecerão no dia 8 de março; e preparação da greve nacional da categoria. Estes são os principais pontos a serem definidos nesta terça-feira (22/2), na plenária virtual do Fórum das Entidades Nacional dos Servidores Federais (Fonasefe).

“Este governo não tem compromisso nenhum, não só com os servidores, como com a população. Não responde à nossa pauta que além do reajuste de 19,9%, tem outros pontos importantes como condições de trabalho e realização imediata de concurso público. Os hospitais e o INSS estão numa situação caótica, sem condições de atender à população abandonada pelo governo. Para garantir negociações e o atendimento da pauta de reivindicações a saída é a greve”, avaliou Laurizete Gusmão, diretora da Federação Nacional (Fenasps).

Lembrou que o INSS está praticamente fechado, sem condições de atender ninguém. “As pessoas idosas não têm conhecimento para mexer com aplicativos. Não têm dinheiro para comer, como é que vão pagar uma operadora de internet para acompanhar os seus processos pela rede?”, questionou.

Arrocho e mamata

Para Moacir Lopes, o governo fez um jogo de empurra, durante o ano passado, ora falando em reajuste para todo o funcionalismo, ora só para alguns setores o que acabou acontecendo, mas apenas para a área de segurança. “Deixou o restante na fila da sopa.

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Mas a Campanha Unificada colocou o governo nas cordas levando porrada, porque não tinha como explicar este arrocho. Como explicar cinco anos sem qualquer reajuste para o funcionalismo e, ao mesmo tempo liberar R$ 86 bilhões do orçamento secreto, que é coisa de bandido, de gangster, corrução, compra de voto.

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Se o governo tem todo esse dinheiro, tem para dar o reajuste folgadamente”, argumentou.

Avaliou que não se pode ter ilusão de que o governo vai concordar, sem pressão, em atender à reposição das perdas. “O servidor tem esse direito. Quantas vidas a saúde salvou? Mas o governo brinca: aumentou o salário dos generais, dos ministros, dele próprio, o que é imoral, de alguns tribunais, e ainda a mamata de compras de produtos caríssimos como filé, camarão em meio a uma crise com 40 milhões de pessoas na penúria total, 120 milhões sem se alimentar. E ainda anistia aqos trambiqueiros, como fez com o agronegócio e quer retirar o couro do servidor público”, afirmou.
Para o dirigente a Campanha Unificada tem todos estes ingredientes. “É uma luta sem trégua contra estas atrocidades cometidas pelo governo”, afirmou.

Um mês sem resposta

No último dia 18, os servidores fizeram atos em Brasília para protestar contra um mês sem resposta do governo à pauta de reivindicações. Uma das manifestações foi em frente ao Ministério da Economia.

A Campanha Nacional Unificada dos Servidores foi lançada com protestos em Brasília no em 18 de janeiro, quando foi entregue a pauta com as reivindicações da categoria, entre elas, a reposição emergencial de 19,9%, o fim do teto de gastos, o arquivamento da PEC da reforma administrativa, melhores condições de trabalho, definição de protocolos de prevenção efetiva contra a covid-19 e concurso público. Até agora, o governo não marcou negociação.

Caso permaneça se recusando a receber os servidores para negociar, a categoria já tem um indicativo de greve para 9 de março.

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Até lá serão intensificadas as mobilizações como preparação da paralisação. Está prevista a realização de assembleias, de 14 a 25 de fevereiro, em cada estado, para organizar atos e paralisações e para aprovar a entrada em estado de greve.

Pautas específicas da saúde e INSS

Além da pauta mais geral dos servidores há também uma pauta com reivindicações específicas do seguro e da seguridade social (previdência, saúde, trabalho e assistência social). Entre os principais pontos estão: além da reposição imediata de 19,99%, o reajuste dos auxílios alimentação, saúde e transporte; garantia de insalubridade e melhores condições de trabalho para quem está no trabalho presencial e teletrabalho; e jornada de trabalho de 30 horas.

Outras reivindicações específicas são: redução de metas; medidas preventivas contra a covid-19; melhoria dos equipamentos e estrutura nas agências e custeio da estrutura para o teletrabalho; instalação imediata do Comitê Gestor da Carreira; concurso público; não alteração da estrutura do INSS, conforme apresentada em reunião dos gestores (com ameaça de retirada de cargos técnicos fundamentais no âmbito das GEX, a exemplo do serviço social e reabilitação profissional); não ao veto do orçamento de R$ 988 milhões do INSS; fim do assédio moral e a criação de política efetiva de saúde do servidor e da servidora.

Na Saúde Federal, dirigentes do Sindsprev/RJ já começaram a mobilizar os servidores nas principais unidades da rede. Reuniões ampliadas ocorreram semana passada nos hospitais federais da Lagoa e de Ipanema. Nesta quarta-feira (23/2), será a vez do Hospital Federal de Bonsucesso (HFB).

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