Obra hoje clássica das ciências sociais brasileiras, o livro ‘Formação do Brasil Contemporâneo’, de Caio Prado Junior (1907-1990), é indispensável a todos os que querem conhecer mais sobre as especificidades da formação social brasileira.
Publicado em 1942, o livro é um verdadeiro divisor de águas em nossa historiografia, por elaborar o mais completo quadro do Brasil Colônia até então traçado e pautar sua investigação em relatos coetâneos aos períodos estudados.
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Como intelectual e militante político, Caio Prado Jr. teve importante atuação ao longo das décadas de 1930 e 1940, tendo participado das articulações para a Revolução de 1930. Decepcionado com a inconsistência política e ideológica da República Nova, aproximou-se então do marxismo, filiando-se ao Partido Comunista Brasileiro (PCB), em 1931.
Nos anos 40, dirigiu o vespertino ‘A Plateia’ e, juntamente com Arthur Neves e Monteiro Lobato, fundou a Editora Brasiliense, na qual lançou, posteriormente, a Revista Brasiliense, editada entre 1956 e 1964.
Durante o regime militar instaurado a partir do golpe que depôs o então presidente João Goulart, em março de 1964, Caio Prado Jr. foi perseguido politicamente, a exemplo do ocorrido com milhares de outros militantes de esquerda no país.
Caio Prado Jr. é ainda autor de duas outras obras fundamentais para as ciências sociais no país: ‘História Econômica do Brasil’ e ‘A Revolução Brasileira’. Nesta última obra, o autor desconstrói o mito de que a formação social brasileira teria tido um passado feudal, conforme até então acreditavam o PCB e parte expressiva da esquerda brasileira. Visão que, durante décadas, levou o PCB a defender o chamado ‘etapismo’ revolucionário, ou seja, a ideia de que o Brasil deveria primeiro passar por uma revolução burguesa para só então chegar à fase da revolução proletária.
Os livros citados e ‘Formação do Brasil Contemporâneo’ são obras de leitura obrigatória.