Hipocrisia e absoluto cinismo é o mínimo que se pode dizer sobre o comportamento do governador do Rio, o bolsonarista Claudio Castro. No último dia 28 de março, a imprensa flagrou, num condomínio em Itaipava (Petrópolis), a festa de aniversário do governador, que tinha a presença de dezenas de pessoas aglomeradas e sem máscaras. Tudo como se o Brasil não estivesse no pior momento da pandemia da covid, que até o momento já matou 325 mil pessoas no país.

Apelidada pela imprensa de “Castrofolia”, a ridícula festinha mostrou o total desprezo de Claudio Castro pela vida humana e pela saúde da população, que no momento está submetida a medidas ainda mais restritivas de distanciamento social.

Tão logo a ridícula festinha foi descoberta, a assessoria de Castro afirmou à imprensa que o evento foi restrito à família do governador. Mais uma mentira. Segundo reportagem do jornal O Globo, havia 12 carros na porta da casa de Castro durante a festinha, fato comprovado com fotos e filmagens. A ‘Castrofolia’ não foi uma reunião familiar.

Quando não foi mais possível esconder a mentira contada por sua assessoria, Claudio Castro teve então de pedir desculpas públicas pela realização da festa, o que fez por meio de um vídeo postado em redes sociais.

É preciso lembrar que, recentemente, Claudio Castro vetou projeto da Alerj que previa o investimento do Estado do Rio na compra de vacinas contra a covid. Ele também recusou-se a assinar documento assinado por outros governadores brasileiros, cobrando do governo Bolsonaro a adoção de medidas efetivas para combater a pandemia.

Castro é, na verdade, um preposto do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos). Sua atuação à frente do governo do Rio tem sido marcada pela mais absoluta subserviência a Bolsonaro.

“Ao promover uma festinha em Itaipava, o governador debochou da população fluminense e das famílias que continuam perdendo pessoas para a covid. Claudio Castro é uma vergonha, e a presença dele no governo é um insulto a todos nós. Claudio Castro está inteiramente desmoralizado”, criticou Osvaldo Mendes, dirigente da Secretaria de Gênero, Raça e Etnia do Sindsprev/RJ.