Por meio de sua Comissão Nacional de Assistentes Sociais (Conasf), a Fenasps convoca os trabalhadores do Serviço Social do INSS para a 1ª Reunião Ampliada da categoria em 2021, que acontece nesta sexta-feira (26/3), a partir das 17h30.
Os interessados em participar devem fazer suas inscrições preenchendo formulário no link abaixo:
A necessidade de participar da Reunião Ampliada é urgente porque, a cada dia, o governo Bolsonaro e a gestão do INSS intensificam os ataques aos trabalhadores do Serviço Social. O mais recente desses ataques foi a edição da Portaria Conjunta nº 11 (veja aqui a íntegra), que impõe o aumento do número de avaliações sociais para os assistentes sociais, para 6 e 7 avaliações sociais diárias, a depender da jornada de trabalho do profissional, assentindo com trabalho aos sábados, domingos e feriados e, para além da jornada de trabalho, instituindo o banco de horas.
A Portaria é uma forma de a gestão do INSS ‘jogar para a plateia’. Ou seja: passar a falsa sensação de que estaria realmente “preocupada” com a situação dos segurados e requerentes do BPC. Mas isto não é (e nunca foi) verdade.
O que a gestão pretende fazer é tratar de um problema crônico do INSS — como a insuficiência de Assistentes Socias para atender toda a demanda existente — exigindo o sangue e o suor dos trabalhadores e trabalhadoras que restam no instituto.
É preciso lembrar que não foram os trabalhadores do Serviço Social do INSS nem os demais servidores(as) da autarquia quem deram causa ao represamento da análise dos benefícios assistenciais. O fato é que os benefícios nunca foram prioridade para a gestão do INSS, situação agravada após a implantação do INSS Digital em 2016.
Contraditoriamente, no momento mais grave da pandemia causada pelo coronavírus no Brasil, mediante o colapso do sistema de saúde brasileiro, a irresponsável gestão do INSS pretende aumentar o número de pessoas atendidas no interior das agências, aumentando a circulação de um setor da população adoecido e mais suscetível ao risco de morte pela covid.
A gestão do INSS não foi capaz sequer de propor um projeto de vacinação nacional para os servidores e servidoras da linha de frente das agências. É inaceitável que, como resposta ao déficit de servidores e servidoras, a gestão da autarquia proponha o aumento da jornada e a intensificação do trabalho. O que atenta diretamente contra a qualidade do Serviço Social.