Em nota publicada nesta segunda-feira (14/9) e enviada aos principais meios de comunicação do país, a Fenasps (federação nacional) classificou de ‘inconsequente’ a decisão da gestão do INSS de reabrir as agências da autarquia para atendimento presencial. Na nota, a Fenasps denuncia a precariedade das unidades do INSS e o risco que a reabertura das APS em plena pandemia de covid vai trazer à saúde e à vida de servidores e segurados da autarquia.
Leia a íntegra da nota da federação nacional.
Decisão inconsequente faz milhares de pessoas irem às APS sem serem atendidas
O governo, demonstrando total desrespeito com a vida da população, tomou a decisão de reabrir as agências da Previdência Social (APS) nesta segunda-feira, 14 de setembro, mesmo sabendo que nem todas estariam em condições de funcionamento.
Isso porque o INSS possui problemas estruturais que colocam em risco a vida da população e dos servidores da autarquia. A maioria absoluta das APS não possui sequer circulação de ar natural, e muitas funcionam com equipamentos de ar-condicionado em estado precário.
E pior: faltam funcionários, já que um terço da força de trabalho se aposentou nos últimos três anos e não houve concurso para reposição desses servidores.
Dessa forma, a decisão questionável do governo, ao convocar os segurados para viajarem centenas de quilômetros sem certeza de serem atendidos, resultou em problemas na maioria dos Estados.
Os trabalhadores do INSS, diante da insegurança em trabalhar nestas condições favoráveis à proliferação da pandemia de covid-19, decretaram Greve Sanitária a favor da vida, conforme deliberação em Plenária virtual da Fenasps.
Orientamos a população para não comparecer às agências do INSS, pois não existe nenhuma garantia de que haverá atendimento.
As entidades sindicais exigem que o INSS faça concessão automática e o pagamento dos benefícios, evitando que as pessoas do grupo de risco – acima de 60 anos ou que tenham comorbidades – saiam do isolamento social para correrem o risco de serem contaminadas. O Brasil está chegando a 4,4 milhões de casos e 132 mil óbitos por covid.
Vamos continuar na luta em defesa da vida.
Fenasps