A Federação Nacional dos Jornalistas divulgou nota em que condena mais uma agressão feita a jornalistas por Jair Bolsonaro (sem partido) e reitera pedido de impeachment encaminhado à Câmara dos Deputados pela própria Fenaj e dezenas de outras entidades da sociedade civil. Os pedidos até hoje não foram respondidos pelo presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
A violência foi praticada por Bolsonaro neste domingo ao recusar-se a responder ao repórter do jornal O Globo sobre os depósitos feitos seguidamente por Fabrício Queiroz na conta da mulher de Bolsonaro, Michele. O presidente disse: “Minha vontade é de encher tua boca na porrada, tá?
”
Os depósitos foram descobertos pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, que investiga o caso da ‘rachadinha’ e foram feitos entre 2011 e 2016. A pergunta do jornalista continua no ar: como Bolsonaro explica os motivos que levaram o ex-assessor a depositar o dinheiro na conta de Michele e a origem deste dinheiro.
A nota é também assinada pelo Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal acrescenta: “Ameaça é crime previsto no artigo 147 do Código Penal.
Vindo de um presidente da República, que recebeu a incumbência e ainda fez o juramento de zelar pelo respeito à Constituição e às leis do país, torna-se um crime ainda mais grave. Até quando as instituições do país vão seguir fazendo vista grossa para um sem número de barbaridades e violações legais cometidas por este sujeito? Além de autoritário, Bolsonaro não sabe conviver com as regras mais básicas de uma sociedade civilizada e ainda demonstra um completo desequilíbrio emocional para estar à frente do cargo mais importante do país.
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal (SJPDF) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) se solidarizam com o repórter ameaçado e reiteram pedido de impeachment já assinado pelas entidades representativas”.
Leia, abaixo, a íntegra da nota da Fenaj
FENAJ e Sindicato do DF reiteram pedido de impeachment após nova ameaça de agressão física de Bolsonaro contra jornalista
O presidente Jair Bolsonaro coleciona um histórico absolutamente intolerável de ataques verbais, xingamentos e todo tipo de desrespeito ao trabalho da imprensa, mas neste domingo (23/8) ele conseguiu subir de patamar. Ao se negar a responder uma pergunta, Bolsonaro proferiu uma ameaça gravíssima de violência física contra um jornalista, que estava em pleno exercício do seu ofício.
Durante uma visita à Catedral de Brasília, o presidente foi questionado por um repórter do jornal O Globo sobre as novas revelações de que seu ex-assessor, Fabrício Queiroz, investigado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, teria transferido cerca de R$ 89 mil na conta da primeira-dama Michelle Bolsonaro, entre 2011 e 2016. De forma covarde, sem ter dignidade para encarar uma pergunta de frente, Bolsonaro afirmou ao jornalista: “Minha vontade é encher tua boca na porrada, tá”.
Ameaça é crime previsto no artigo 147 do Código Penal. Vindo de um presidente da República, que recebeu a incumbência e ainda fez o juramento de zelar pelo respeito à Constituição e às leis do país, torna-se um crime ainda mais grave. Até quando as instituições do país vão seguir fazendo vista grossa para um sem número de barbaridades e violações legais cometidas por este sujeito? Além de autoritário, Bolsonaro não sabe conviver com as regras mais básicas de uma sociedade civilizada e ainda demonstra um completo desequilíbrio emocional para estar à frente do cargo mais importante do país.
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal (SJPDF) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) se solidarizam com o repórter ameaçado e reiteram pedido de impeachment já assinado pelas entidades representativas. O Sindicato informa que estudará medidas judiciais cabíveis contra o presidente da República por este crime. O trabalho da imprensa é fundamental numa democracia e não deve sofrer intimidações, quanto mais ameaça de interrupção por violência física.
link da matéria: https://fenaj.org.br/fenaj-sjpdf-impeachment-ameaca-bolsonaro/