Servidores e segurados do INSS convivem há anos com uma situação de extrema precariedade das agências do Instituto que vem se agravando com o passar do tempo. Falta de tudo nestas unidades, desde água e papel a computadores e aparelhos de ar-condicionado que funcionem.
Procurados pela equipe de jornalismo da Secretaria de Imprensa do Sindsprev/RJ, os gestores locais, tanto o Superintendente Regional Sudeste III, Marcos Fernandes, quanto o Gerente Executivo do Rio de Janeiro (GEXRJ), capital, Antônio Negrão, não explicaram os motivos da situação de semiabandono das APS sob sua alçada, nem disseram o que vão fazer, nem quando, para solucionar o problema.
O superintendente é o responsável pela coordenação das Gerências Executivas do Estado do Rio: a Gerência Rio, a de Campos, de Duque de Caxias, a de Niterói, de Petrópolis e a de Volta Redonda. Sobre a falta de manutenção do ar-condicionado da agência Nossa Senhora de Copacabana, Fernandes disse que o assunto era da alçada do Gerente Executivo, Antônio Negrão.
O Sindicato recebeu, também, a informação de que a empresa responsável pela manutenção dos dois aparelhos de ar-condicionado centrais da agência Copacabana teria sido chamada diversas vezes para resolver o problema das máquinas, mas não compareceu à APS. A recusa teria acontecido mesmo com o contrato em vigor. O contrato teria sido renovado em janeiro deste ano, apesar da alegada ineficiência da empresa.
Procurado pela reportagem do Sindsprev/RJ, em 20 de fevereiro, Marcos Fernandes disse que não foi informado do problema da recusa da empresa em atender à demanda. Explicou que esta era atribuição do gerente do Rio de Janeiro, Antônio Negrão. E forneceu o contato do gerente.
No dia 21, a reportagem trocou mensagens pelo aplicativo para ouvir as explicações de Negrão sem sucesso. O gestor disse que só falaria pessoalmente, sendo agendada uma entrevista para esta terça-feira, dia 25 de fevereiro, em sua sala (1104), no prédio da Pedro Lessa, na qual falaria sobre a precariedade da agência Copacabana, de quem seria a responsabilidade sobre a situação e a respeito de uma solução.
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Na véspera, no entanto, dia 24 de fevereiro, o gerente entrou em contato com a reportagem suspendendo a entrevista. Justificou dizendo que no mesmo dia teria que percorrer diversas agências. Mesmo sabendo da situação difícil porque passam servidores e segurados, se negou a dar declaração: “Se possível, conversamos após o carnaval”, disse através de mensagem de aplicativo.
A reportagem insistiu na importância do gerente dar uma satisfação aos servidores representados pelo Sindicato. A resposta foi: “Pode colocar que não vou comentar a matéria”.