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quinta-feira, novembro 21, 2024
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Estudantes e trabalhadores voltam às ruas pelo direito à aposentadoria e à educação

Nas principais cidades do país, estudantes e trabalhadores de todos os setores da economia foram às ruas, no dia 13/8, exigir que o Senado Federal rejeite o projeto de reforma da Previdência do governo Bolsonaro (PSL-RJ), que acaba com o direito à aposentadoria.
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A proposta do Palácio do Planalto exige muito mais tempo para a concessão do benefício, além de reduzir drasticamente o seu valor e o das pensões por morte. A mobilização foi também contra o corte de recursos e o projeto “Future-se”, do Ministério da Educação, que privatiza as universidades públicas, passando sua administração a grupos particulares travestidos de organizações sociais.

O Dia de Greves e Mobilizações Contra o Corte de Verbas da Educação e a Reforma da Previdência foi convocado pelas entidades sindicais de ensino, de estudantes, como a União Nacional dos Estudantes, e pelas centrais sindicais, entre estas a CUT, CTB e CSP-Conlutas. Profissionais e alunos das escolas do estado e município e universidades federais e estaduais fizeram paralisação de 24 horas.

Bolsonaro sangra a Previdência

O projeto da reforma previdenciária (PEC nº 06) foi aprovado em dois turnos na Câmara dos Deputados com votos comprados pelo governo Bolsonaro através da liberação de emendas parlamentares no valor de R$ 5 bilhões, quantia retirada principalmente da Educação. Agora, vai para o Senado, onde terá que passar por mais duas votações. O relator do projeto é o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), o mais rico da Casa, com R$ 389 milhões de patrimônio declarado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Passeata lota Rio Branco

No Rio de Janeiro ocorreu a maior manifestação do país, com cerca de 40 mil particpantes. Milhares de pessoas ocuparam todo o entroncamento das avenidas Presidente Vargas e Rio Branco, nos fundos da Igreja da Candelária. De lá, seguiram em passeata até a frente do Edifício-Sede da Petrobras (Edise), na Avenida Chile, onde foi feito um ato contra a venda das refinarias de petróleo da empresa e a privatização das demais estatais, como pretende Bolsonaro.
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A grande maioria dos manifestantes era de estudantes que, além de lutarem pela reversão do corte bilionário de recursos para o ensino, entenderam que a reforma da Previdência não atinge somente os que já estão no mercado de trabalho, mas os que se encontram nos ensinos fundamental, médio e superior. “A reforma atinge também os filhos e os netos dos que hoje já estão trabalhando e serão impedidos de se aposentar”, afirmou a diretora da União Nacional dos Estudantes, Luiza Froltan, do alto de um dos caminhões de som.

A vice-presidente do Andes (Sindicato Nacional dos Docentes do Ensino Superior), Mariana Frato, condenou os projetos de Bolsonaro porque acabam com direitos previdenciários, quebram a Previdência pública e impedem que os filhos dos pobres possam continuar estudando em universidades. “O projeto de Bolsonaro e seu ministro Paulo Guedes é excludente e, ao mesmo tempo, abre caminho para os bancos terem mais lucros com a previdência privada e enriquece ainda mais os donos dos grandes grupos particulares de ensino para os quais serão entregues as universidades públicas”, afirmou o diretor do Sindicato dos Professores, Elson Paiva.

A diretora de Comunicação da CUT do Rio de Janeiro, Eduarda Quiroga, adiantou que as centrais sindicais, sindicatos e entidades estudantis discutirão as próximas mobilizações. Ela defendeu a unidade de todos os setores na continuidade desta luta e na defesa da soberania nacional ameaçada com a venda das estatais e da entrega do petróleo.
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