Em audiência com uma comissão de dirigentes do Sindsprev/RJ e de servidores da rede federal do Rio, realizada na tarde desta segunda-feira (29/7), em Brasília, a ministra Nísia Trindade (Saúde) não deu qualquer sinalização de recuo em seu projeto de entregar as gestões dos hospitais federais ao município do Rio, ao Grupo Hospitalar Conceição (GHC) e à Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares). Questionada se o projeto de municipalização é apenas para o Hospital Federal do Andaraí, Nísia respondeu que, no momento, “é o que está posto”.

O Sindsprev/RJ e os servidores presentes também questionaram, de forma incisiva, sobre os compromissos assumidos (e não cumpridos) pelo governo Lula (PT) durante a campanha presidencial. Compromissos como respeito ao controle social e realização de concurso público, entre outros itens que compõem os parâmetros entregues em 2023 ao Ministério da Saúde, mas até hoje não implementados.  Mais uma vez, a resposta de Nísia foi infelizmente reafirmar a intenção de prosseguir no fatiamento da rede federal.

“Enquanto houver disposição de luta, jamais os trabalhadores serão derrotados. O Sindsprev/RJ está comprometendo toda sua estrutura a serviço das lutas e mobilizações para derrotar este plano infeliz que representa uma grande traição do governo Lula [PT] aos trabalhadores da rede federal do Rio. Já ingressamos com ação popular, já provocamos a Defensoria Pública da União, já denunciamos o Ministério da Saúde e Nísia Trindade junto ao Tribunal Superior Eleitoral, ao Tribunal de Contas da União, ao Ministério Público Federal e agora ao Tribunal de Contas do Município do Rio. O fatiamento e a privatização da rede são medidas inaceitáveis”, afirmou Cristiane Gerardo, dirigente do Sindsprev/RJ.