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sexta-feira, janeiro 31, 2025
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Em plebiscito, servidores dizem não à municipalização do Hospital do Andaraí

Por ampla maioria, os servidores do Hospital do Andaraí rechaçaram a municipalização da unidade, que o governo Lula entregou para o prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes como parte de um acordo eleitoral, denunciado pelo Sindsprev/RJ. Foram 375 votos contra a transferência para o município, apenas nove a favor, com dois votos em branco e três nulos.

O resultado deixou evidente a comprovação de que a transferência deste importante hospital da Zona Norte para as mãos incompetentes da Prefeitura e depois para empresas privadas travestidas de organizações sociais vai aumentar o caos causado propositalmente pelo corte de verba que vem ocorrendo desde a posse do novo governo. O corte ampliou a política de redução de recursos que já vinha de governos anteriores e foi feita para justificar a entrega para a Prefeitura e depois para as mãos de grupos privados. É a privatização do SUS feita em conjunto por Lula e Paes.

Votos foram contabilizados por uma Comissão Apuradora. Foto: Mayara Alves.

Como foi a votação – O plebiscito começou na segunda-feira (9/12) terminando na sexta (13/12), nos moldes da consulta ocorrida entre os dias 25 e 29 de novembro, no Hospital Federal dos Servidores (HFSE). Na ocasião, os profissionais do HFSE disseram não à proposta de fusão da unidade com o Hospital Universitário Gaffrée e Guinle. Proposta amplamente rejeitada por 95% dos 1.547 servidores e servidoras que participaram do pleito.

A municipalização do Hospital do Andaraí, e também a do Cardoso Fontes, foi formalizada no dia 4 de dezembro, com a assinatura de acordo que contou com as presenças de Lula, Nísia Trindade, Eduardo Paes (PSD) e do secretário municipal de saúde do Rio, Daniel Soranz. A intenção do governo Lula (PT) é entregar as gestões dos dois hospitais para ‘organizações sociais’ (OS), formas disfarçadas de privatização. No caso do Cardoso Fontes, segundo servidores, a OS escolhida foi a SPDM e a do Andaraí a Viva Rio.

Lacres das urnas foram removidos para a apuração. Foto: Mayara Alves.

Saída em massa – A orientação do Comando de Greve da Saúde Federal é de que os servidores dos dois hospitais não se submetam aos métodos da gestão terceirizada, autoritários e desrespeitosos, praticados pelo município do Rio em sua própria rede hospitalar. Nesse sentido, a proposta é que solicitem, conjuntamente, transferência para o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into) ou para o Instituto Nacional de Cardiologia (INC), unidades que estão em vias de serem enquadradas na carreira da Ciência e Tecnologia, embora não esteja fechada a possibilidade de transferência para outras unidades federais.

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